O crescimento e o potencial do mercado de bioinsumos e seu impacto na agricultura sustentável serão alguns dos temas em debate na Conferência Green Rio, que será realizada entre os dias 23 e 25 de maio, na Marina da Glória, Rio de Janeiro. O evento é organizado pelo Planeta Orgânico e conta com o apoio do Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos) da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).
O painel “Bioinsumos e Agricultura Sustentável”, programado para o dia 23, às 14 horas, será mediado por Sylvia Wachsner, coordenadora do CI Orgânicos. Segundo ela, que defende o manejo integrado de pragas e o controle biológico nos cultivos agrícolas, a utilização de bioinsumos “reduz a aplicação de herbicidas e pesticidas, diminui o impacto ambiental e gera economia para os agricultores”.
Também participante do mesmo painel, Amália Borsari, diretora executiva da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), afirma que as vendas de defensivos biológicos aumentaram 77%, em 2018, figurando como o maior índice da história desse segmento. E as perspectivas são de crescimento para os próximos cinco anos.
“Um levantamento recente realizado pela ABCBio mostra que o conjunto de empresas ligadas à associação, que representa 70% do mercado, fechou 2018 com vendas totais da ordem de R$ 464,5 milhões, contra os R$ 262,4 milhões obtidos em 2017”, destaca Amália.
Ela acrescenta que, de acordo com análise dos dirigentes da ABCBio, “esse inédito aumento de vendas foi impulsionado pela maior taxa de adoção dos agricultores por agentes biológicos contra pragas e doenças, que são mais eficientes; pelo lançamento de produtos inovadores e por uma ação melhor coordenada por parte das indústrias do segmento em se aproximar do produtor, oferecendo suporte e assistência técnica”.
Startup
Considerada a maior startup global de tecnologia aplicada à agricultura, que utiliza recursos de Inteligência Artificial e Big Data para acelerar a pesquisa com insumos biológicos, a Indigo também participará do painel sobre bioinsumos.
A empresa parte da premissa de que as plantas que alcançam maior crescimento e resistência a stress geralmente se beneficiam do relacionamento com determinados micro-organismos. A partir daí, são coletadas informações a respeito para a montagem de um grande banco de dados. Posteriormente, são feitas simulações de computador, testes em laboratório e no campo para identificar os micro-organismos que produzem os melhores resultados.
Esses microrganismos são transformados em tratamentos para sementes, com o propósito de favorecer a produtividade, o aumento da saúde das plantas e sua resiliência a condições como seca e extremos de calor, permitindo a redução cada vez maior do uso de defensivos.
“No Brasil estamos tratando sementes de soja e, em breve, teremos soluções para o milho e o algodão”, explica Hernan Forte, diretor de Operações da Indigo no País e um dos palestrantes do painel da Conferência Green Rio.
Ainda estarão presentes à mesa de debate: Luiz Demattê Filho, CEO da Korin Agricultura e Meio Ambient, Mariella Uzêda, pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, o consultor técnico Guilherme Ribeiro e o gerente comercial Guilherme de Sá, representantes da GR Agrária.
Para mais informações sobre o evento, acesse www.greenrio.com.br.