Além desses, mais outros produtos de 79 regiões, a maioria delas voltadas para o agronegócio, tem potencial para obter a certificação no Brasil
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) irá realizar até o fim do ano, um levantamento de 110 regiões em todo o país, com potencial para conquistarem o reconhecimento oficial como Indicações Geográficas (IG). Até agora, foram realizados os diagnósticos em 79 regiões, a maioria delas voltadas para o agronegócio.
Entre as potenciais IGs diagnosticadas estao o tambaqui do Vale do Jamari, em Rondônia, e o ginseng brasileiro, em Querência do Norte, no Paraná.
“Estamos fazendo o diagnóstico de Norte a Sul do país, a partir da demanda dos pequenos negócios. Levantamos estudos e informações disponíveis, conversamos com os produtores e parceiros, analisamos a governança local, verificamos a aderência com a estratégia e visão de futuro dos produtores. O diagnóstico de potencial IG é a primeira etapa no apoio do Sebrae às Indicações Geográficas”, comenta a analista do Sebrae, Raquel Minas, que também tem o apoio das unidades regionais da instituição.
Fase de estruturação
Com a comprovação do potencial, a região do Vale do Jamari já está se preparando para iniciar a fase de estruturação da IG do Tambaqui, com apoio do Sebrae Rondônia e parceiros.
Já no caso do ginseng do Paraná, o Sebrae identificou que a área de Querência tem potencial para a modalidade de Denominação de Origem (DO). A planta é utilizada na fabricação de medicamentos para o tratamento de algumas doenças. Em seu diagnóstico, o Sebrae avalia que a região possui as características geomorfológicas que propiciariam uma planta com formato e coloração características daquela área.
Atualmente, o Brasil possui 70 IGs registradas, localizadas principalmente no Sul e Sudeste, onde estão cerca de 60% delas. Devido à diversidade cultural e ambiental do nosso país, há potencial para que mais regiões brasileiras busquem esse reconhecimento.
A IG constitui em um ativo de propriedade industrial estratégico na proteção e na promoção de áreas geográficas vinculadas a produtos e serviços específicos. Ao serem reconhecidas, os produtores vinculados a essas IG podem perceber a agregação de valor aos seus produtos e serviços, maior acesso a mercados diferenciados, aumento do fluxo de turistas, dentre outros benefícios.
A maior parte das Indicações Geográficas é formada pelos pequenos negócios, segundo levantamento do Sebrae. O reconhecimento de uma IG, no Brasil, é obtido por meio de registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Hoje o país possui Indicações Geográficas em vários setores, como vinhos, artesanatos, cafés, queijos, frutas, entre outros.
Fonte: Sebrae