Especialista em jardinagem dá dicas para garantir o bom desenvolvimento das espécies
Prática indicada para uma muda recém-comprada, assim como para uma espécie que precisa de espaço para crescer, o transplante contribui para o bom desenvolvimento da planta. Embora seja um processo simples, alguns detalhes devem ser observados na troca de recipientes.
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As cascas de pinus podem ser usadas no acabamento de vasos, floreiras, jardins, canteiros e na decoração de arranjos em vidro. Foto: Divulgação Vasart
Segundo Fernando Araújo, especialista em jardinagem da Vasart, empresa brasileira que se destaca na produção de vasos sustentáveis, o transplante vale para todas as espécies e favorece o desenvolvimento da planta. “Ao tirá-la de um vaso pequeno e colocá-la em um recipiente maior, consequentemente vai utilizar mais substrato, terra e adubo. Isso fará com que a planta fique mais nutrida”, explica.
O processo
Como explica, o processo começa com a escolha do novo recipiente, seguido do preparo do terreno. “A manta de bidim contribui para a drenagem da água, evitando a mistura entre a argila expandida e a terra. Basta colocar um pedaço que fique bem acomodado no recipiente”, orienta e acrescenta que há outras opções, para essa mesma finalidade, como o tecido TNT e os panos reutilizáveis de limpeza, como o Perfex..
Em seguida, vem uma camada de argila expandida. “Assim como a manta, as ‘bolinhas’ contribuem para a filtragem, evitando que se acumule terra no fundo”, observa e diz que na sequência é colocada mais uma camada de manta, seguida de uma camada de substrato.
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A manta de bidim contribui para a drenagem da água entre a camadas de terra, enquanto o tapete sob o vaso auxilia no armazenamento das sobras de terras e e/ou obstrua os furos para o escoamento da água. Foto: Divulgação Vasart
“É sempre bom buscar o substrato específico para o tipo de planta que será transplantada. Não existe um substrato universal. A costela-de-adão, por exemplo, gosta de um material mais poroso e mais drenável, o mais rico em matéria orgânica possível”, diz Araújo.
A troca
Ao realizar a troca, ele recomenda retirar a planta do antigo vaso com cuidado, tendo atenção às raízes e ao caule. “Já no vaso novo, centralize a planta sobre a terra. A seguir, preencha os vãos laterais, entre a planta e o vaso, com mais substrato e finalize o processo dando pequenos apertões na terra para que a planta não fique bamba. Como acabamento, despeje cascas de pinus ao redor”, recomenda.
De acordo com o especialista, além de proporcionar uma estética agradável, as cascas mantêm a umidade no solo, reduzindo o aparecimento de ervas daninhas e doenças, que se concentram na casca e não na planta viva. “Ainda deixa o solo fértil por mais tempo, promove uma maior longevidade às plantas e é um produto ecologicamente correto e biodegradável”,
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Fernando Araújo é especialista em jardinagem e atua na loja física da Vasart. Foto: Divulgação Vasart
As ferramentas
Algumas ferramentas podem ser muito úteis no processo de jardinagem. De acordo com o especialista, as mais comuns são luvas de proteção, pá, afofador de terra (parece um pequeno rastelo), regador, borrifador, avental, tapete para plantio e tesoura para poda.
“No entanto, é possível usar o que se tem em casa, como uma colher velha, luvas de silicone ou cirúrgica e lona plástica no lugar do tapete sob o vaso”, comenta.