GS1 DataBar permite identificação do produto fresco, como as frutas, além de controle e número do lote e da data de validade de cada item. Código de barras, etiquetas inteligentes e códigos bidimensionais propiciam a rastreabilidade e armazenamento de informações adicionais
Fevereiro passado marcou o início de um rigor maior, no Brasil, quanto à fiscalização e aplicação de multas da Instrução Normativa Conjunta nº 2, que obriga produtores rurais ou responsáveis pela venda de frutas, legumes e vegetais frescos fornecerem, ao consumidor e à toda cadeia de abastecimento, informações padronizadas sobre a procedência de seus produtos.
Ao agricultor caberá a obrigatoriedade de informar o endereço completo, nome, variedade ou cultivar, quantidade, lote, data de produção, fornecedor e identificação (CPF, CNPJ ou Inscrição Estadual). Essas informações devem aparecer no próprio produto ou nos envoltórios, caixas, sacarias e outras embalagens.
Mesmo diante dos esforços de produtores rurais e instituições representativas de prorrogarem a aplicação da nova norma, ela já está valendo, segundo publicação no Diário Oficial da União do último dia oito de fevereiro. Editada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a IN nº 2 orienta o produtor de frutas, legumes e verduras a promover a rastreabilidade desde o início do processo, ainda no campo.
Aplicada em todo o território nacional, a norma permite que a identificação possa ser realizada por meio de etiquetas impressas com caracteres alfanuméricos, código de barras, QR Code, ou qualquer outro sistema de forma única e inequívoca. Um de seus principais objetivos é assegurar, ao consumidor, produtos frescos sem irregularidades no uso de agrotóxicos e contaminantes.
Padrões de identificação
Os padrões de identificação da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil – como, por exemplo, o código de barras, as etiquetas inteligentes (EPC/RFID) e os códigos bidimensionais – propiciam a rastreabilidade e podem armazenar informações adicionais de um produto como data de produção, data de validade, número de lote e outras informações.
“O Padrão GS1 está presente em mais de 150 países; são mais de 1,5 milhão de empresas no mundo que se beneficiam dos padrões, agregando eficiência em seus processos e segurança ao consumidor”, comenta João Carlos de Oliveira, presidente da Associação.
A GS1 Brasil é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. Em todo o mundo, é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (código de barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística.
Tecnologias
Oliveira também destaca tecnologias que auxiliam a missão de coletar, de forma automatizada, os dados desde a origem dos produtos. Código de barras bidimensional de dimensões reduzidas e com maior capacidade de armazenar dados, o GS1 DataBar permite identificação do produto, além de controle e número do lote e da data de validade de cada item.
Ele também pode identificar frutas, legumes e verduras, e ser aplicado em espaços limitados, obtendo ganho no desempenho de leitura dos produtos identificados.
A outra opção é o GS1-128, código de barras usado na cadeia logística para a identificação de caixas e páletes, que pode conter todas as informações variáveis, como a identificação única e inequívoca do produto com a utilização do GTIN-Número Global do Item Comercial, data de produção, data de validade, número de lote.
Recall
A rastreabilidade também é a principal ferramenta para retirar algum produto do mercado em caso de qualquer eventualidade. Ter a competência de recolher os lotes de produtos em curto prazo, antes que os consumidores sejam afetados, é o objetivo maior de um serviço bem prestado e da conquista de confiança.
Quando uma situação de recall ocorre, é necessária rapidez nas ações para evitar que o problema tome proporções maiores. É aí que a rastreabilidade assume um papel fundamental. Graças a ela, é possível adotar medidas emergenciais, já que o processo permite identificar onde ocorreu a contaminação química, biológica ou perda de qualidade e retirar prontamente o produto de circulação.
Para mais informações, acesse www.gs1br.org.