Com a medida, Brasil pode expandir sua presença no mercado sul-coreano que já é um dos principais destinos da carne de frango brasileira
A partir deste mês, a Coreia do Sul deve liberar a cota de 50 mil toneladas sem tarifa de importação de carne suína do Brasil. O anúncio da foi anunciado esta semana pelo país asiático. A medida faz parte de uma série de suspensões de taxas publicadas pelo governo sul-coreano como “Estabilização do custo de vida e do custo de alimentos” (tradução livre) e tem como objetivo reduzir impactos inflacionários.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a isenção de tarifas poderá impactar positivamente os embarques de carne suína do Brasil para a Coreia do Sul que é um dos principais destinos das exportações brasileiras de carne de frango e um dos maiores compradores globais de carne suína.
“Dado o contexto internacional e a crescente presença brasileira no país asiático, especialmente após a ação de imagem e promoção realizada no ano passado pela ABPA em conjunto com a ApexBrasil e a Embaixada Brasileira em Seul, é esperado que as exportações brasileiras sejam influenciadas por essa oportunidade aberta aos exportadores habilitados”, analisa Santin. “A cota é uma oportunidade para gerar divisas importantes para o setor produtivo, que enfrenta grandes dificuldades neste momento”, comemora.
De janeiro e abril, a Coreia do Sul importou 2,6 mil toneladas, volume 85,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. As vendas geraram receita de US$ 7,2 milhões nos quatro primeiros meses deste ano, número 133% maior que o realizado no mesmo período de 2021.
Plantas habilitadas
De acordo com a ABPA, a cota é aberta a todos os países que possuem plantas habilitadas para exportar para o mercado sul-coreano, incluindo o Brasil. Atualmente, apenas unidades produtoras do Estado de Santa Catarina (que até pouco tempo era a única unidade federativa reconhecida como livre de aftosa sem vacinação) estão habilitadas a embarcar carne suína para o país asiático.
A expectativa é que, em breve, os Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul também sejam reconhecidos pelos sul-coreanos, depois de serem considerados como livres de aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH, sigla em inglês).