Está disponível para comercialização ao produtor uma nova cultivar da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária que tem resistência parcial à ferrugem asiática.
A BRS 7560, lançada em 2009, começou a ser plantada comercialmente na safra 2010/2011. Para o pesquisador Austeclínio de Farias Neto, da Embrapa Cerrados, localizada em Planaltina (DF), a cultivar tem grande potencial na luta contra a doença, que gerou um prejuízo de US$ 1,74 bilhões na safra 2008/2009, segundo o Consórcio Antiferrugem.
“A principal vantagem dessa cultivar é que ela apresenta uma boa resistência à ferrugem”, comenta Austeclínio, que atuou na pesquisa de desenvolvimento da BRS 7560. Como conseqüência, ela apresenta menores danos e perdas de rendimento diante da doença. “Em contato com a ferrugem, a planta desenvolve um tipo de lesão de resistência, em que quase não há esporulação do fungo”, explica.
Devido a essa característica, a cultivar tem mais estabilidade de produção em situações de presença da doença, especialmente quando as condições climáticas não permitem que fungicida seja aplicado no momento mais propício. “Com a BRS 7560, o produtor não deixa de usar o produto, mas há uma redução do número de aplicações”, disse. Outra vantagem é que a cultivar tem ciclo precoce e é bem adaptada à região do Cerrado.
Outras cultivares
Para o plantio na safra 2010/2011 também chegam ao mercado outras duas cultivares da Embrapa: BRS Juliana e BRS Gisele. Ambas são transgênicas, possuem boa resistência ao nematoide de galha e são bem adaptadas a regiões de baixa latitude, como a Bahia, Maranhão e Piauí. Segundo Austeclínio, as duas têm o ciclo tardio, com grau de maturidade em torno de 9.0. “Temos boas perspectivas de que elas sejam bem plantadas na região”, enfatiza o pesquisador.