Dando continuidade ao processo de georreferenciamento, o Vale dos Vinhedos foi contemplado em janeiro com este importante instrumento de medição das áreas dos vinhedos. O trabalho deverá se estender até agosto, dependendo das condições climáticas e da presteza dos produtores.
Técnicos no Vale dos Vinhedos
As propriedades vitícolas do Vale dos Vinhedos receberão a visita de técnicos que irão demarcar os parreirais, com o auxílio de GPS (Sistema de Posicionamento Global). A iniciativa, coordenada pela Embrapa Uva e Vinho, em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), tem como objetivo obter as medições e localizações corretas dos vinhedos que compõe o Cadastro Vitícola do Rio Grande do Sul.
Segundo a coordenadora da atividade, pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho Loiva Maria Ribeiro de Mello, além de mais preciso, o cadastro georreferenciado pode ser utilizado para diversos estudos envolvendo relevo, clima e solo, entre outros aspectos. “Já estão georreferenciadas as propriedades dos municípios de Monte Belo do Sul, em trabalho realizado nos anos de 2008 e 2009, e de Farroupilha, em 2010 e 2011, os quais pleiteiam uma Indicação de Procedência (IP)”, assinala Loiva. Ela lembra que o Vale dos Vinhedos, primeiro detentor de uma IP no Brasil, busca um novo status em termos de Indicação Geográfica – no caso, a Denominação de Origem.
Mapeamento da vinícola com agenda
Loiva diz que a equipe está ciente de que esta é uma época complicada para os produtores receberem os técnicos, devido à safra da uva. No entanto, ela afirma ter certeza de que “os produtores vão entender a importância e urgência em desenvolver este trabalho”. Para facilitá-lo, os técnicos do Ibravin Luiz Carlos Guzzo e Rudimar Zanesco, responsáveis pela medição nas propriedades, irão entrar em contato com os proprietários para agendar o dia para realizar o mapeamento.
Durante a visita, o produtor deverá acompanhar o técnico que visitará a propriedade, percorrendo cada parreiral e, com um aparelho de GPS, levantará os pontos que permitem reproduzir a área e localização exata de cada cultivar. Os técnicos também irão coletar os dados que os produtores já estão acostumados a preencher no recadastramento anual, como variedades, porta-enxerto, idade dos vinhedos e produção.
A pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho destaca ainda que, para agilizar o trabalho, é importante que os produtores preparem um desenho aproximado dos vinhedos, detalhando os limites de cada cultivar, e também revisem as informações do recadastro realizado em 2011 e já apontem, se necessário, as correções.