Produto Interno Bruto do setor brasileiro cresceu 1,60% em 2014
O Produto Interno Bruto do agronegócio brasileiro cresceu 1,60% no ano passado, em comparação com o de 2013, segundo indica levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da ESALQ/Universidade de São Paulo (USP). Esse resultado, embora inferior ao apresentado pelo setor em 2013, é expressivo tendo em vista que o PIB nacional, divulgado pelo IB GE revelou tímido aumento de 0,1% para a economia brasileira em 2014.
O desempenho só não foi ainda melhor porque houve retração na agroindústria, principalmente no segundo semestre do ano passado. No indicador global do agronegócio, a agricultura fechou 2014 com ligeira queda, de 0,74%, enquanto a pecuária apresentou desempenho expressivo, com crescimento de 6,92%.
A renda do agronegócio brasileiro, segundo o levantamento, está calculada em R$ 1.178 bilhão. Sendo R$ 800.57 bilhões (68%) referentes ao setor agrícola e R$ 378.30 bilhões (32%) da agropecuária, levando-se em conta os preços praticados em 2014.
Na agricultura, o único segmento que apresentou desempenho positivo, embora modesto, foi o primário (0,15%). Já a pecuária teve crescimento em todos os setores, sendo destaque o segmento primário que acumulou expansão de 8,32%, em 2014.
Agroindústria destoa
A agroindústria, que apresentou desempenho modesto, acumulou ao longo do ano passado queda de 0,32%. Dos setores acompanhados pelo CNA/CEPEA, na agroindústria, apenas três apresentaram índices positivos em 2014: celulose, etanol, café e papel e gráfica. Na pecuária, as cotações em alta foram responsáveis pela expansão do segmento. Os preços dos suínos e bovinos mantiveram ritmo acelerado, ao contrário do frango vivo e do leite cru, que apresentaram desvalorização.
Apesar de ter perdido ritmo em dezembro, o segmento primário do agronegócio terminou 2014 com um crescimento de 3,72%. Na agricultura, por exemplo, a queda nos preços teve influência decisiva sobre o desempenho do setor. É que houve recuo na cotação média das atividades de 2,23%, entre janeiro e dezembro de 2014, na comparação com igual período de 2013.