Apicultores discutem regras para a produção do mel pantaneiro com certificação
O caderno de normas que deverá guiar a produção apícola certificada pelo selo de Identidade Geográfica (IG) do Mel Pantaneiro está tomando forma. Por meio de reuniões na Embrapa Pantanal em Corumbá (MS), os pesquisadores, apicultores, cooperativas, associações e diversas instituições que trabalham com a atividade discutiram as regras que serão aplicadas à produção apícola identificada como “pantaneira” pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). “Esse produto vai ser obtido de acordo com normas rígidas. Essa produção, além disso, será certificada, ou seja: acima da palavra do produtor, vai ter uma instituição e pessoas independentes que irão atestar que esse produto tem qualidade”, diz o pesquisador da Embrapa Pantanal, Vanderlei dos Reis.
O selo de Indicação Geográfica (IG) do Mel Pantaneiro, concedido este ano pelo INPI, é uma garantia ao consumidor sobre a região onde o produto foi obtido e por quais métodos ele foi produzido, diz Vanderlei. Segundo Gustavo Bijos, presidente da Federação de Apicultura e Meliponicultura de MS (Faems), o investimento para produzir de acordo com as regras da IG pantaneira deve girar em torno de R$ 500 e R$ 1.000 ao ano, por produtor. “Ele pode comprometer uma pequena parcela da produção para bancar os custos da IG. O retorno, com certeza, é extremamente seguro”, diz Gustavo. “Aqui no Mato Grosso do Sul, o quilo do mel varia de R$ 25 a R$ 40 (na venda direta ao consumidor). O mel do Pantanal pode chegar a até R$ 60 o quilo”, afirma.