Os sistemas de produção embasados no cultivo da soja, muitas vezes caracterizado pelo monocultivo, têm favorecido a disseminação e o agravamento dos danos causados tanto pelos nematoides de galhas como pelo nematoide de lesões radiculares. Uma das opções para o manejo de áreas infestadas com nematoides é o cultivo de plantas antagônicas ou resistentes, em sistema rotação/sucessão de culturas ou como adubo verde.
Para algumas regiões o cultivo de milho representa uma opção agrícola para substituição ou sucessão ao cultivo da soja. Neste contexto, híbridos de milho resistentes apresentam grande potencial, pois além de proporcionarem retorno econômico também podem permitir a redução da população dos nematoides no solo, com consequente redução dos danos nas culturas subsequentes.
Em condições controladas, a avaliação dos híbridos de milho quanto à reprodução dos nematoides é realizada pela determinação do Fator de Reprodução (FR=População final/População inicial), que mede o incremento ou a redução da população do nematoide no período em estudo (60 dias). Quanto maior for o FR, maior será o incremento da população de nematoide. Se o FR for menor que 1 a população diminuiu com o cultivo.
Existe variação entre os híbridos quanto à hospedabilidade dos nematoides, entretanto para os híbridos de milho apresentaram fator de reprodução (FR) menor que 1,0 significa dizer que estes híbridos reduzem a população dos nematoides e podem ser utilizados como uma boa opção de rotação ou sucessão de culturas para áreas infestadas, viabilizando posteriormente o cultivo de soja, cultura muito sensível a parasitada em diversas regiões do Brasil por estes nematoides.
Vale salientar que é imprescindível que o produtor conheça qual nematoide está presente em sua área, realizando uma análise nematológica, para desta forma fazer a escolha adequada do híbrido de milho a ser utilizado.