Apreciado em diversas culinárias do mundo, o camarão é uma iguaria cada vez mais valorizada. A carcinicultura (criação do camarão marinho) é o setor da aquicultura que mais se destaca hoje em dia, sendo praticada em 50 países. No Brasil, a maior parte do cultivo é feito na região Nordeste, que reúne condições climáticas favoráveis para a prática.
Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), o Rio Grande do Norte é o estado que mais exportou camarão nos últimos três anos. O Brasil exportou, de janeiro a julho de 2009, cerca de 4.400 toneladas do produto. No setor primário da economia, a carcinicultura contribui para o desenvolvimento de tecnologias que beneficiam toda a cadeia produtiva da aquicultura.
A perspectiva de crescimento do setor em 2009 é de 15 a 20%. Um dos grandes impulsos foi a consolidação do novo Ministério de Pesca e Aquicultura, criado por lei sancionada em junho deste ano. De acordo com o presidente da ABCC, Itamar Rocha, o camarão produzido no Brasil é mais barato que a carne vermelha, bovina, ovinos e peixe marinho, o que torna o produto altamente competitivo.
“Em 2008, o brasileiro consumiu 400 gramas de camarão per capita, contra 1,600 kg consumidos pelos mexicanos. Há um espaço grande para o setor”, afirmou Rocha ao jornal Tribuna do Norte, durante a 6ª Feira Nacional do Camarão (Fenacam), realizada em 2009. Dados do Centro Internacional de Negócios do Ceará mostram que a produção de camarão atingiu quase US$ 3 milhões até o mês de setembro do ano passado.