Além de diversificação de alimentos e receita, a ideia é evitar o desperdício da fruta no pico da safra
A engenheira agrônoma Elienai Trindade, de 25 anos, autora de um dos projetos vencedores da quarta edição do programa CNA Jovem, terá sua iniciativa financiada pelo Banco Mundial, por meio do Projeto Bahia Produtiva, que visa fortalecer empreendimentos da agricultura familiar, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado.
Elienai está colhendo os frutos de uma ideia inovadora na área de produção de alimentos, surgida em 2018, quando ela se associou à Cooperativa Regional de Agricultores Familiares de Ribeira do Amparo, Cipó e Ribeira do Pombal (Cooperprac), no interior da Bahia.
A ideia era desenvolver estratégias para que os produtores de caju cooperados aproveitem ao máximo a fruta para a produção diversificada de alimentos e receitas. Crédito: Arquivo Pessoal Elenai
Segundo a agrônoma, a intenção era desenvolver estratégias para que os produtores de caju cooperados aproveitem ao máximo a fruta para a produção diversificada de alimentos e receitas, evitando o desperdício na produção da safra, que tem um curto período.
A jovem relata que a ideia surgiu de sua inquietação em saber que o caju poderia ser melhor aproveitado e pelo alto potencial nutricional. “Eu buscava soluções para aproveitar o pedúnculo, melhorar a renda do produtor e tornar a cadeia produtiva do caju mais rentável”, conta.
Conforme explica, o objetivo é comprovar que o caju produzido pela a agricultura familiar da Bahia, com o apoio do cooperativismo, pode ser uma alternativa em proteína vegetal. “A intenção é que a proteína, conhecida como carne de caju, esteja na mesa dos consumidores, além de gerar renda aos produtores desses alimentos.”
Aprimoramento
A ideia foi aprimorada durante as oficinas de liderança do CNA Jovem 2020, ocasião em que os participantes foram orientados a encontrar uma aproximação do seu propósito de vida e na escolha do seu foco.
O objetivo é comprovar que o caju produzido pela a agricultura familiar da Bahia, com o apoio do cooperativismo, pode ser uma alternativa em proteína vegetal. Crédito: Embrapa
Para ela, as habilidades e competências desenvolvidas ao longo do CNA Jovem foram essenciais para a conquista. “Cada atividade, oficina individual e em grupo contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional”, relata Elienai que também é aluna do curso técnico em fruticultura do Serviço Nacional e Aprendizagem Rural (Senar).
