Reconhecimento do Mapa conferido ao Aplique Bem destaca a categoria Responsabilidade Social
O Programa Aplique Bem desenvolvido pelo Instituto Agronômico (IAC-APTA) recebeu do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 23 de fevereiro, o Prêmio em Boas Práticas, na categoria Responsabilidade Social. Já a UPL, empresa parceira da iniciativa, conquistou o Selo Mais Integridade 2021/2022 na mesma categoria.
O IAC está entre 17 organizações do setor agropecuário premiadas pelo Mapa. O reconhecimento tem como objetivo fomentar, reconhecer e premiar práticas de integridade por empresas do agronegócio sob a ótica da responsabilidade social, sustentabilidade, ética e empenho para a mitigação das práticas de fraude, suborno e corrupção.
O Programa Aplique Bem, desenvolvido pelo IAC, órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, treina trabalhadores rurais para a adequada prática de pulverização, com vistas aos cuidados com a saúde do aplicador, preservação ambiental e eficiência no controle de pragas e doenças nas lavouras.
Treinamento
Em 15 anos, o Aplique Bem já treinou 75 mil trabalhadores rurais, em pequenas e médias propriedades, em aproximadamente mil municípios de 23 Estados do Brasil. Também treina engenheiros agrônomos e técnicos em formação nas universidades de agronomia e colégios técnicos agrícolas, em todo o Brasil. E foi adotado em outros sete países: Burkina Faso, Costa do Marfim, Colômbia, Gana, Mali, México e Vietnã.
De acordo com Hamilton Ramos, pesquisador do IAC responsável pelo trabalho, o custo com defensivos agrícolas pode cair pela metade, se o produtor incorporar boas práticas do Aplique Bem. “Tão ou mais importante do que o número de agricultores e aplicadores beneficiados pelo Aplique Bem, é a mudança de comportamento que o Programa vem introduzindo, principalmente nas pequenas e médias propriedades do Brasil, ao longo de 15 anos”, ressalta Ramos.
O programa envolve também a avaliação de pulverizadores em uso, com base na ISO 16122. A atividade é feita com laboratórios móveis, chamados TechMóveis, levados às propriedades rurais. “Levamos o conhecimento para o trabalhador rural, sem o transtorno de tirá-lo do campo e explicamos sobre aspectos da pulverização, na linguagem compreensível para esses profissionais”, afirma Ramos.
Ele acrescenta que são transmitidos procedimentos que ajudam os produtores a compreender a razão de cada ajuste do pulverizador, mostrando na prática como o uso inadequado da tecnologia pode prejudicar não só as lavouras, mas também a saúde pessoal e até da sua família.
Conforme explica Ramos, o trabalhador rural está aberto a adotar melhorias nos manejos, basta que as tecnologias cheguem até a sua realidade, de modo didático e com adoção viável. “Os produtores não usam os produtos de forma incorreta porque querem, mas porque lhes falta, em muitos cenários, o acesso à informação de qualidade”, comenta.