Ferramenta permite acompanhar o trabalho das máquinas na lavoura em tempo real (Foto: Divulgação)
Comunicar ao produtor e/ou gestor sobre o desempenho da parte operacional em tempo real, independente do tipo de atividade, maquinário ou marca. Esse é um dos principais objetivos da Agrochip, empresa que usa a telemetria, uma ferramenta extremamente eficiente para o gerenciamento, controle e otimização dos resultados operacionais nas lavouras.
“O Agrochip é um produto desenvolvido para coletar e transmitir informações que permitem o acompanhamento das atividades e também medem o desempenho e a performance de todos os equipamentos no campo”, informa o administrador de empresa com MBA em finanças corporativas, CEO e cofundador da startup, Mauro Paglione.
Conforme explica o CEO da Agrochip, empresa que integra o SNASH, hub de inovação apoiado pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), através dos dados coletados é possível fazer uma análise completa das atividades bem como gerar relatórios das máquinas, avaliando o desempenho de cada uma delas, com o objetivo de possibilitar um planejamento assertivo das operações na lavoura.
“Nós já temos uma outra empresa focada em Gestão Agrícola em que o principal produto é o SAA software. Aliado a isso, com base em nossa experiência e ouvindo o produtor da necessidade de aprimorar a gestão com máquinas agrícolas e ter maior controle das atividades, surgiu a ideia de desenvolver a “Agrochip”, monitoramento e telemetria de maquinas agrícolas”, conta Paglione.
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A ferramenta
O CEO detalha que através das informações fornecidas pela startup é possível avaliar eficiência operacional, consumo de combustível, horas trabalhadas e um mix de informações apuradas para que o produtor, de forma rápida e prática, saiba o que está acontecendo na lavoura e possa tomar decisões, independentemente de onde ele estiver, de forma 100% online.

O CEO da Agrochip, Mauro Paglione. Foto: Divulgação
“Dentre os exemplos, podemos citar a eficiência em relação ao consumo de combustível, avaliação da logística interna da fazenda para identificar o menor traslado possível de máquinas, seja para fazer a calda (caso seja um pulverizador), ou até mesmo avaliar o tempo de parada para carregar uma plantadeira, de forma eficiente, para aproveitar as horas disponíveis durante o dia”, relata o especialista.
Segundo ele, um dos principais desafios do segmento está relacionado à eficiência e gestão das atividades. Ele avalia que, para que isso funcione de forma satisfatória, é necessário o aporte de tecnologias junto a ótimos processos, além de pessoas capacitadas e no lugar certo. “Com isso podemos definir que não é uma coisa só, precisamos trabalhar vários pilares para ter melhores resultados”, acrescenta.
Por fim, ele vê o cenário atual, principalmente em relação à parte econômica, claramente desafiador para todos, o que não é novidade para quem vive no agronegócio. “Porém, acreditamos no poder da gestão e na tomada de decisões racionais baseadas em dados, e entendemos que é possível adequar o negócio a cenários adversos como o atual. Acreditamos que são ciclos e que, em breve, teremos melhores condições macro e micro econômicas” conclui Paglione.