Fitoterapia para pets ganha espaço com a ciência moderna (Foto: CBDA-Arquivo A Lavoura)
Tradição milenar das comunidades indígenas, a fitoterapia amazônica está ganhando terreno no mundo dos cuidados com pets. Plantas nativas da região, conhecidas por seus benefícios medicinais, estão sendo incorporadas ao tratamento de animais de estimação, conectando tradição com os avanços da ciência veterinária moderna.
Estudos da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) apontam o potencial terapêutico de plantas como a andiroba e a unha-de-gato, que têm sido usadas tradicionalmente por comunidades locais. As pesquisas têm demonstrado a eficácia dessas plantas no tratamento de inflamações e no reforço da imunidade de pets.
“A sabedoria indígena sobre o poder das plantas é um patrimônio que devemos valorizar. Ao aliar essa tradição com a ciência moderna, conseguimos criar soluções que respeitam tanto a natureza quanto o bem-estar dos pets. Os benefícios são logo comprovados pelos tutores”, comenta o fundador e CEO da Furest Pet, Gilberto Novaes.
A saúde dos animais com as riquezas amazônicas
Atualmente, o uso de plantas como murumuru, mangaratáia (gengibre), urucum e passiflora tem sido cada vez mais adotado em diferentes linhas de cuidados naturais para animais, abrangendo tanto a alimentação quanto produtos cosméticos.
Ingredientes como copaíba, tucumã e cupuaçu, além de serem ricos em nutrientes, possuem propriedades anti-inflamatórias e hidratantes, acelerando a recuperação de lesões e proporcionando benefícios que vão desde a nutrição até a regeneração da pele dos pets.
A pesquisa científica tem avançado no mapeamento dessas plantas e seus benefícios específicos para os pets. A UFAM, em colaboração com empresas do setor, tem validado os efeitos dessas substâncias em produtos para a saúde animal. Isso inclui desde shampoos terapêuticos até suplementos alimentares que ajudam a tratar doenças comuns entre cães e gatos.
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Outros benefícios
Na avaliação de Novaes, a fitoterapia com uso de produtos da Amazônia, oferece uma alternativa sustentável e eficaz para problemas recorrentes. “A manteiga de murumuru e o óleo de copaíba, por exemplo, têm mostrado efeitos muito positivos no tratamento de dermatites e feridas. Além de serem naturais, essas soluções, que também incluem tucumã, cupuaçu, ucuuba e óleo de pracaxi, são acessíveis para os tutores preocupados com a saúde dos seus pets”, cita.
Com o crescimento do mercado pet e o interesse por soluções mais naturais e sustentáveis, a fitoterapia amazônica tem se destacado como uma tendência forte no setor. A busca por produtos menos invasivos e mais saudáveis faz com que cada vez mais empresas apostem na inovação baseada em recursos naturais.
Para o especialista, essa é uma jornada de valorização e respeito à biodiversidade. “A Amazônia tem uma riqueza imensa, e precisamos aproveitar isso de forma consciente. A fitoterapia é uma maneira de unir a ancestralidade com a ciência moderna, proporcionando aos pets um cuidado mais holístico e sustentável”, conclui.