Novo Plano Safra visa ampliar o alcance da agricultura sustentável e democratizar o acesso às produções Foto: Divulgação)
O governo brasileiro anunciou, na última quarta-feira, 03 de julho, uma redução de 2% no valor dos impostos de produtores que utilizam recursos orgânicos. O Plano Safra 2024/2025 foi apresentado com foco na sustentabilidade, com o objetivo de amplificar o acesso da população a itens livres da ação de pesticidas e com melhor qualidade.
Conforme explica o gerente comercial da Hydroplan, Francisco Carvalho, o aporte contará com ajustes para a viabilização de uma linha de crédito com juros diferenciados, com o intuito de incentivar e expandir a produção orgânica nacional, mudanças que trarão benefícios a longo prazo ao cenário nacional.
Segundo ele, essas medidas são essenciais para promover a sustentabilidade e fortalecer o mercado de orgânicos no Brasil. “Com juros mais acessíveis, pequenos e médios produtores terão a oportunidade de investir em tecnologias e práticas agrícolas que respeitem o meio ambiente, resultando em um aumento significativo da produção e na qualidade dos alimentos oferecidos à população”, destaca o executivo.
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Outros benefícios
Na avaliação do especialista, a expansão da produção orgânica também contribuirá para a preservação dos recursos naturais e para a saúde do solo, promovendo um ciclo de desenvolvimento sustentável nas áreas agrícolas. “A importância desse movimento é refletida nos números do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, que contabiliza mais de 25,4 mil registros, com projeções de um aumento cada vez mais considerável”, reforça.
Essa expansão se solidifica com o lançamento do Programa Ecoforte, que contará com R$ 100 milhões para promover o fortalecimento e a ampliação das redes de agroecologia e produção orgânica.
“Com valor recorde para o ciclo entre 2024 e 2027, sua estrutura visa ao fortalecimento e à ampliação de redes, cooperativas e organizações socioprodutivas e econômicas de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. Desse modo, espera-se que a produção de alimentos saudáveis, aliada à sustentabilidade ambiental, dilate significativamente”, conclui Carvalho.