Confira a íntegra do comunicado da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com esclarecimentos orientações técnicas
“Foram confirmados no Brasil, no dia 15 de maio, os três primeiros casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) de subtipo H5N1 em aves silvestres, das espécies Thalasseus acuflavidus, cujo nome popular é Trinta-réis-de-bando e Sula leucogaster (atobá-pardo). Um caso foi localizado no município de Marataízes, o outro no bairro Jardim Camburi, em Vitória, e o terceiro caso em Cariacica, ambos no Espírito Santo.
As distâncias destes municípios até Santa Maria de Jetibá, maior produtor de ovos do Estado, são de 85 km (Vitória), 204 km (Marataízes) e 65 km (Cariacica). A zona de proteção equivale a um raio de 3 km a partir do foco e o raio da zona de vigilância é de 7 km a partir da zona de proteção, perfazendo um raio total de 10 km, que pode ser ampliado ou reduzido conforme o estudo epidemiológico da região.
A maioria dos casos registrados na América do sul foram em aves silvestres migratórias. No caso do Trintaréis-de-bando, o período de reprodução do vai de maio a setembro, sendo que no Brasil, a ave constrói ninhos no litoral de Santa Catarina ao Espírito Santo.
Diante do exposto, fazemos os seguintes esclarecimentos:
O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária notificou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) imediatamente após à comprovação do caso de infecção pelo vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).
- A notificação da infecção pelo vírus da IAAP em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre de IAAP e não deve ocasionar a suspensão das exportações de produtos avícolas brasileiros.
- Estes foram os primeiros casos registrados de IAAP no país, sendo que não há registro em granjas comerciais e/ou aves domésticas. Desde julho de 2022, o Ministério da Agricultura e Pecuária analisou mais de 45 mil amostras no Brasil.
- O Brasil tem um forte sistema de defesa sanitária, graças ao trabalho do governo, em conjunto com os produtores rurais e agências de defesas estaduais. Destacamos a agilidade na comunicação, coleta das amostras e envio para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
- O país segue com o status sanitário livre de IAAP pela OMSA.
- Por ser uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas, é fundamental a manutenção das medidas de biosseguridade nas granjas para evitar que a doença atinja a produção comercial.
A CNA elaborou um material reforçando as principais ações de controle da doença
Acesse: https://shre.ink/QuKK
✓ Não deixe pessoas estranhas entrarem na unidade produtora.
✓ Lave e desinfete veículos e equipamentos antes de entrar na propriedade.
✓ Aplique práticas de higiene.
✓ Evite contato com outras espécies de aves.
✓ Blinde o ciclo da água.
✓ Atenção aos sinais que indicam doenças nas aves: presença de sinais de doenças nervosas e respiratórias ou casos de morte repentina de grande quantidade de aves em curto período de tempo.
Em caso de suspeita, avise imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial de sua cidade ou pela internet na plataforma e-Sisbravet: https://shre.ink/QuK7”
Acesse o comunicado: file:///C:/Users/Win10/Downloads/Ed.9-CT-CNA-Influenza-aviaria-16maio2023.pdf