Confira dicas cuidados para criar uma parede verde dentro do lar
Atualmente é possível pensar em jardins verticais em diversos ambientes do lar, seja em áreas internas ou externas. O importante para se trazer a natureza para casa é se lembrar que eles são compostos por espécies vivas, assim, necessitam de alguns cuidados para que se desenvolvam bem e permaneçam bonitos e viçosos.
As arquitetas Carina e Ieda Korman, do escritório Korman Arquitetos, explicam que “além de belos, os jardins verticais ajudam no isolamento térmico e acústico e melhoram a qualidade do ar”.
Elas salientam que trazer o verde para dentro de casa é, cada vez mais, visto como essencial, “pois as plantas promovem uma conexão com a natureza, que traz um estilo de bem-estar único, além de agregar beleza e qualidade de vida”.
Jardim vertical é tendência
Segundo as arquitetas, dentre as formas de explorar uma bela vegetação dentro do lar, uma que se tornou tendência, especialmente em apartamentos pequenos e projetos comerciais, é o jardim vertical.
Ieda Korman reforça que por ser um elemento ornamental, o jardim vertical exige alguns cuidados ao ser implantado.
“Atualmente, os jardins verticais estão muito demandados e podem ficar em diversos ambientes da residência, tanto no interior, quanto ao ar livre e, como as plantas necessitam de certas condições para se desenvolverem, é sempre bom dispensar atenção especial e cuidados a elas”, orienta.
Estruturas do jardim vertical
Carina Korman salienta que existem diversas formas de compor uma parede verde – seja uma prateleira com vasos, seja com treliças para fixar as plantas ou vasos, ou até quadros compostos por plantas. A diversidade dos materiais que compõem o jardim vertical também é grande. Aço, ferro, concreto, cerâmica, madeira, estão entre os mais usados.
“Ao incorporar um jardim vertical no projeto de paisagismo residencial, o importante é considerar a carga que a parede escolhida suporta”, adverte.
De acordo com a arquiteta, esta cautela é porque a estrutura utilizada, mesmo sendo leve, soma-se a ela todo o peso das espécies de plantas escolhidas, além da terra e água de irrigação.
“Também é recomendado deixar o jardim vertical levemente afastado da parede, para evitar umidade e infiltração”, ensina.
Para a arquiteta, é importante considerar a existência de um ponto hidráulico, “mas, hoje em dia, existem estruturas com mecanismos de bombeamento e irrigação que podem ser aplicadas em qualquer ambiente”, enfatiza.
De olho na irrigação
Indispensável em um jardim vertical, a irrigação pode ser feita através de um sistema automático ou manual, segundo orientação de Carina.
Para paredes verdes maiores, ela considera o sistema automático o mais indicado, pois garante mais praticidade no cotidiano. “Neste caso, o sistema conta com uma bomba pressurizadora, tornando todo o processo automatizado”.
Para garantir a vitalidade das espécies, Ieda e Carina indicam deixar sempre a terra ou substrato úmido, mas não em excesso.
As arquitetas ressaltam, entretanto, que existe um tipo de jardim vertical que exige menos manutenção e pode viver por anos.
“O jardim vertical feito de plantas preservadas é igual a um jardim natural, porém, as plantas passam por processos químicos que as deixam muito parecidas com as naturais, necessitando de manutenção apenas pontual”, revelam.
Posicionamento do jardim vertical
Considerar a localização do jardim vertical também é essencial para garantir que ele se mantenha belo e vistoso, sem necessidade de muita conservação.
“O ideal é escolher uma parede que receba iluminação natural, mas que não tenha uma exposição exagerada à luz solar”, aconselha Ieda Korman.
As profissionais do Korman Arquitetos esclarecem ainda que, na maioria dos casos, é a luminosidade do ambiente que vai determinar, também, as espécies mais adequadas para compor o jardim vertical.
“Para ambientes internos e com menor incidência solar, é preferível optar por plantas adaptadas à sombra. Já áreas externas funcionam melhor com plantas mais resistentes e tolerantes à incidência de Sol”, indicam.
Na opinião das especialistas, para ambos os casos, o ideal é escolher espécies duradouras, que demandem menos manutenção”, recomendam.