O reconhecimento, em fase de registro, vai projetar ainda mais a qualidade e as características da planta cultivada no município paranaense
Graças aos imigrantes do Leste Europeu, no início do século 20, Mandirituba, PR, recebeu as primeiras sementes da camomila. A flor projetou a fama do município que se tornou conhecido no Brasil como a Capital da Camomila. Após se consolidar no cultivo, a cidade da Região Metropolitana de Curitiba lidera a produção no Estado.
Para incentivar a produção e fama do município, a prefeitura busca o registro de Indicação Geográfica da Camomila. A iniciativa é parceria com o Sebrae e envolve os produtores dessa planta medicinal.
A primeira reunião do ano, para dar continuidade ao Projeto, foi realizada dia 2 de fevereiro. O trabalho está na fase de finalização, que é o Registro do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
Reconhecimento
A indicação geográfica de Mandirituba para a camomila visa reconhecer a reputação, a qualidade e as características típicas do produto e da sua produção. O reconhecimento posiciona o município no mercado de especialidades, caracterizando a planta como especial, diferenciando pela sua origem como produto único. E, além de agregar valor à camomila, o registro pode projetar o município internacionalmente.
Segundo dados da Secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento de Mandirituba, em 2020, cerca de 40 produtores produziram 280 toneladas de camomila, em 730 hectares, o equivalente a R$ 6,64 milhões ou 11,93% do Valor Bruto de Produção (VBP) total do município.
Em 2020, a produção paranaense de camomila totalizou 970,7 toneladas, gerando um Valor Bruto de Produção de R$ 23 milhões. Atualmente, a cultura está espalhada por 17 municípios paranaenses, mas a Região Metropolitana de Curitiba responde por 97,5% de toda a erva medicinal produzida no Estado.