Curta todos as fases do seu melhor amigo
O envelhecimento é um processo natural e os nossos peludos também envelhecem. Eles podem ser considerados idosos quando já viveram mais de ¾ de sua expectativa de vida e, assim como nós, o cão idoso sofre os impactos da chegada da idade. É provável que você já tenha notado alguns desses sinais: Andam mais devagar; Não sobem com tanta facilidade no sofá; Não enxergam ou escutam bem; Podem ficar mais dorminhocos e preguiçosos.
Mas, esta etapa da vida do pet, assim como todas foram, também é maravilhosa, explica a veterinária da Botica Pets, Ana Cristina Osiro: “ao contrário dos filhotes, os idosinhos já sabem fazer as necessidades no lugar certo, tendem a ficar mais carentes, então eles gostam muito de carinho e já estão acostumados com a rotina da casa, não vai ter móvel roído ou xixi fora do lugar. É mais uma fase maravilhosa da vida do pet que o tutor também pode aproveitar muito”.
A veterinária destaca que além de muito carinho e atenção, o tutor precisa estar atento aos cuidados com a saúde e o bem-estar quando a idade avança. Por isso, a Botica Pets reuniu dicas que podem contribuir para que a saúde do pet idoso se mantenha, confira:
Atenção e cuidados com a alimentação
Alguns pets na idade mais madura podem perder muitos dentes e ter dificuldade para comer, por isso, oferecer alimentos mais macios (alimentação natural ou ração úmida) é fundamental para garantir que o peludo continue se alimentando direito. Para isso, é importante consultar um médico veterinário, se possível, especializado em nutrição.
A qualidade de vida nessa etapa irá depender muito dos cuidados preventivos. De acordo com a veterinária Ana Cristina: “uma boa opção é oferecer um suplemento natural que melhore a saúde e o bem-estar, além de reduzir o aparecimento de doenças”.
Os superalimentos que podem contribuir
Alguns alimentos vão além de suas funções nutricionais básicas, contribuindo para a saúde dos pets, assim, é importante buscar fórmulas de suplementos que reúnam composições específicas como ginkgo biloba que é capaz de melhorar a função cognitiva; romã que é um antioxidante e cardioprotetor; calêndula que tem função anti-inflamatória, calmante e antimicrobiana; levedura de cerveja, capaz de melhorar a digestão; acerola, responsável por estimular as defesas naturais; alho, por sua ação germicida e capacidade de melhorar a circulação e a alcachofra, por sua ação digestiva e antioxidante, o guaraná também é indicado por ser um estimulante natural.
Mas, de acordo com a veterinária da Botica Pets, a escolha do suplemento deve ser criteriosa, é recomendado optar por fórmulas naturais, livres de conservantes e certificadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Check-up em dia
As visitas periódicas ao veterinário e o check-up são fundamentais em todas as fases de vida dos cães e gatos e na velhice não é diferente. Isso porque uma medicina preventiva, ou seja, que evita o aparecimento de enfermidades ou ainda que facilita o diagnóstico precoce, é um dos principais fatores para manter o seu pet saudável e com maior qualidade de vida, nesta fase, o ideal é que a visita ao veterinário aconteça a cada 6 meses.
Mantenha uma rotina de exercícios e passeios
O cão idoso pode praticar atividades físicas e fazer passeios diários, no entanto, o tempo de passeio vai depender da energia que ele tem. A dica é respeitar os limites do peludo, caso ele se canse, não force a caminhada.
O bom senso e a orientação de um profissional é essencial, para Ana Cristina, só com a orientação e a observação da reação do pet durante os exercícios é mais que necessária para manter seu melhor amigo ativo, explica: “Com a orientação de um profissional, você poderá oferecer mais qualidade de vida ao pet ao entender quais são as atividades que ele está apto a fazer sem prejudicar sua saúde ou bem-estar”.
Garanta o descanso em local confortável
Nesta fase é mais comum que os pets tenham alterações de sono, eles podem ficar mais inquietos, ter dificuldades para dormir, andar pela casa e até “vocalizar” durante a noite. Isso pode acontecer por diversas causas: ansiedade, dor, dificuldade para fazer xixi ou cocô, perda da visão ou audição e até doenças neurológicas.
Como ajudar o peludo? O primeiro passo é consultar um veterinário para esclarecer a causa da insônia, sabendo o motivo exato, você poderá mudar a rotina do pet para ajudá-lo a dormir melhor.
Nesta fase, o seu pet também precisará de uma cama bem aconchegante para dormir, uma coberta é importante para os dias mais frios. Outra dica é colocar um tapete higiênico mais próximo dele. Não ao lado da cama, mas em um lugar acessível, pois o pet mais idoso pode ter dificuldade em encontrar o lugar certo para fazer xixi.
“Faça tudo o que puder pelo seu melhor amigo, mantenha uma rotina adequada para que a vida dele permaneça feliz, afinal, ele foi seu companheiro e amigo fiel por muitos anos! ”, orienta a veterinária Ana Cristina Osiro.