Setor foi o único que não sofreu retração, ajudando a evitar uma queda maior do Produto Interno Bruto (PIB)
O setor agrícola, com crescimento de 4,7% no primeiro trimestre de 2015, impediu que o Produto Interno Bruto (PIB) do país apresentasse um desempenho ainda pior do que a queda de 0,2%, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, é em função desse desempenho que o “agronegócio precisa continuar recebendo crédito e financiamento adequados capazes de garantir mais produção e produtividade, além de manter a contribuição decisiva do agronegócio na manutenção do superávit da balança comercial brasileira”.
A agropecuária foi o único setor que apresentou variação positiva entre os segmentos que compõem a formação do PIB, indicam os números do IBGE. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2015 e o quarto trimestre de 2014, o PIB agropecuário garantiu crescimento de 4,7% e contribuiu com R$ 79,6 bilhões no produto gerado no país no primeiro trimestre deste ano. Equivalente a 5,65% do total gerado, R$ 1,408 trilhão.
Agronegócio lidera economia
Mesmo com as medidas adotadas pelo Governo Federal, com o objetivo de reequilibrar as contas públicas, análise técnica da CNA avalia que o PIB do setor agropecuário (da porteira para dentro) poderá crescer 1,8%, em 2015. Ao mesmo tempo, estimativas do mercado financeiro e do Banco Central mostram que a economia brasileira como um todo terá desempenho negativo, perto de 1%, este ano.
A CNA lembra ainda que o agronegócio tem sido fundamental para a diminuição do déficit da balança comercial brasileira em 2015. O setor apresentou saldo positivo de US$ 14,6 bilhões na balança comercial do primeiro trimestre de 2015, enquanto a balança total fechou o período com déficit de US$ 5,6 bilhões.