Com foco em um mercado significativo no Brasil e no mundo, Embrapa desenvolve três variedades da hortaliça: BRS Mari (dedo-de-moça), BRS Seriema (tipo bode) e BRS Moema (biquinho). As cultivares BRS Juriti e Mandaia também entram na cadeia produtiva
Condimento picante mais consumido no mundo,mesmo que não agrade ao paladar de muitas pessoas, a pimenta é uma hortaliça benéfica para o organismo, porque tem ações antimicrobianas, anti-inflamatórias e anticancerígenas.
Ainda melhora a digestão, diminui os níveis de colesterol e, por ter efeito termogênico – ou seja, acelera o metabolismo –, ajuda a emagrecer. Mas para tanto, precisa ser do tipo Capsicum.
Classificadas como alimento funcional esta hortaliça, é rica em carboidratos e fibras alimentares, além de vitaminas A, E e C, ácido fólico, zinco potássio. Têm propriedades antioxidantes e bioflavonoides, e ainda pigmentos vegetais que previnem o câncer.
Da culinária à indústria
Nos últimos anos, as pimentas têm ganhado um espaço cada vez maior na mídia por sua versatilidade culinária e industrial e também por causa de suas propriedades medicinais e de manutenção da saúde. O mesmo princípio que provoca a ardência das pimentas – a capsaicina – também é usada para aliviar dores musculares, dores de cabeça e artrite reumatoide.
Também fazem parte da composição de emplastros os famosos adesivos, que aliviam as dores musculares. Estudos ainda indicam que elas atuam na prevenção de doenças cardíacas.
Patrimônio nacional
As pimentas fazem parte da história e da cultura do Brasil, a ponto de serem consideradas um patrimônio da agrobiodiversidade nacional. Podem ser cultivadas em todo o País, sendo possível encontrá-las em variados formatos, cores, tamanhos, e também sabores, incluindo principalmente ardência ou pugência.
Anualmente, o Brasil produz 280 mil toneladas de pimentas distribuídas em 13 mil hectares. A espécie está entre as dez hortaliças mais cultivadas no País.
Vários tipos
Entre as mais variadas pimentas cultivadas no Brasil, as mais conhecidas são a malagueta, dedo-de-moça, de cheiro, biquinho; e algumas doces, como a pimenta ou chapéu de padre. Em território nacional, também é produzida uma coleção de inúmeras pimentas ornamentais.
O agronegócio que envolve a pipericultura é bastante relevante e abrange diferentes segmentos, desde as pequenas agroindústrias artesanais até a exportação de páprica (especiaria proveniente do pimentão vermelho) por empresas multinacionais, que competem no mercado de especiarias e temperos.
Cultivares
De olho em suas vantagens, a Embrapa Hortaliças (DF) desenvolveu três variedades de cultivares: BRS Mari, BRS Seriema e BRS Moema. Outras duas também ganharam mercado recentemente: a BRS Juruti e BRS Nandaia.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Hortaliças Cláudia Ribeiro, a cadeia produtiva da pimenta pode esperar por novas tecnologias nos próximos anos, com frutos com melhor qualidade nutricional, colorações variadas e adaptação ao sistema orgânico de produção.
“Temos uma coleção com grande diversidade genética que nos possibilita desenvolver cultivares para atender a diversos nichos de mercado”, salienta Cláudia.
A dedo-de-moça BRS Mari
De acordo com a Agência Embrapa de Informação Tecnológica (Ageitec), a BRS Mari, que pertence ao grupo varietal dedo-de-moça, apresenta alta produtividade, com plantas e frutos de excelente uniformidade.
Os frutos possuem elevada pungência e podem ser usados tanto para consumo fresco como para processamento na forma de molhos líquidos e desidratados em flocos com as sementes (pimenta calabresa).
A BRS Mari foi desenvolvida a partir de população do Programa de Melhoramento da Embrapa Hortaliças, pelo método genealógico.
As plantas de polinização aberta apresentam hábito de crescimento intermediário, com aproximadamente 90 centímetros de altura e 1,25 metro de largura. Os frutos alongados e pendentes têm coloração verde amarelada (quando imaturos) e vermelha (quando maduros), com cerca seis centímetros de comprimento, 1,4 cm de largura e 1,7 milímetro de espessura de parede.
Seus frutos são picantes, com conteúdo de capsaicina em torno de 90 mil SHU (Unidades de Calor Scoville), valor que pode ser alterado em função de vários fatores, tais como temperatura, adubação e irrigação.
Existem diferenças genéticas de BRS Mari com as demais cultivares de dedo-de-moça disponíveis no mercado, conforme a caracterização molecular realizada com um painel de marcadores do tipo RAPD (Random Amplified Polymorphic DNA). Nas condições de cultivo do Brasil Central, a colheita dos frutos desta variedade de dedo-de-moça começa cerca de 70 dias após o transplante. Conta com resistência múltipla a doenças; suporta satisfatoriamente o potyvirus Pepper Yellow Mosaic Virus (PepYMV); tem resistência mediana ao oídio (Oidiopsis sicula) e à mancha bacteriana (Xanthomonas spp).
A BRS Mari se destaca também pelo alto grau de homogeneidade e uniformidade das plantas e frutos. Tem grande potencial para ser usada na produção de pimenta calabresa, por ter seu elevado conteúdo de capsaicina, o que é de interesse das indústrias de embutidos.
Nas condições edafoclimáticas da região Centro-Oeste, a BRS Mari chega a produzir 35 toneladas por hectare, em seis meses, quando cultivada com espaçamento de um metro entre plantas por um e meio entre linhas.
É exigente em calor, sensível a baixas temperaturas e intolerante a geadas. Por isto, deve ser cultivada, preferencialmente, nos meses de alta temperatura. Esta condição favorece a germinação, o desenvolvimento e a frutificação obtendo-se, assim, um produto de alto valor comercial, com menor custo de produção.
BRS Seriema, a tipo bode
As plantas de BRS Seriema, conforme a Ageitec, que pertencem ao grupo varietal do tipo bode, têm hábitos de crescimento intermediários, com cerca de 70 centímetros de altura e um pouco mais de um metro de diâmetro. A passagem de coloração do fruto imaturo para maduro apresenta a seguinte ordem: verde, verde arroxeado (com antocianina), laranja, vermelho e vermelho escuro.
Os frutos são pendentes e possuem o formato arredondado, com aproximadamente 1,5 centímetro de largura por 1,4 cm de comprimento, 1,5 milímetro de espessura de parede e pesando aproximadamente 1,5 grama. Cem frutos ocupam volume aproximado de 150 ml.
Nas condições de cultivo do Brasil Central, a colheita destas hortaliças maduras começa cerca de 90 dias após o transplante das mudas para o campo. Seus frutos são picantes, apresentando de 90 a 100 mil unidades de SHU (Unidades de Calor Scoville).
A BRS Seriema é resistente ao nematoide das galhas (Meloidogyne incognita raça 1). Em campo, a incidência de viroses do grupo “Vira Cabeça” (TSWV, GRSV e TCSV) é baixa. Esta cultivar se destaca pelo alto grau de uniformidade das plantas e dos frutos, característica ainda não estabilizada em algumas das populações do grupo bode, hoje cultivadas no Brasil.
É indicada para o processamento em forma de conservas e para o mercado de frutos frescos, uma vez que são aromáticas, pequenas – facilitando o envase – e saborosas.
Os frutos processados em forma de conserva se mantêm rígidos e com coloração vermelha. Nas condições da região Centro-Oeste do país, esta cultivar produz em média 15 toneladas por hectare de hortaliças maduras, em seis meses de cultivo, quando utilizado o espaçamento de 1,2 metro entre linhas e 80 centímetros entre plantas, com uma população de quase 10 mil plantas por hectare.
BRS Moema, biquinho
A BRS Moema é uma pimenta do tipo Capsicum chinense, pertencente ao grupo varietal popularmente conhecido como biquinho, com alta produtividade, uniformidade de plantas e frutos sem ardume, ou seja, sem picância ou pungência. Suas plantas têm hábito de crescimento intermediário, com cerca de 60 centímetros de altura e um metro de diâmetro.
Os frutos apresentam coloração verde quando imaturos, alaranjada em fase de maturação e vermelha quando maduros, devido à presença do carotenoide capsantina, medindo cerca de 1,5 centímetro de largura por 2,6 cm de comprimento e três milímetros de espessura de parede.
O formato triangular pontiagudo desta pimenta, como um biquinho, dá origem ao nome comum deste grupo. Nas condições de cultivo do Brasil Central, sua colheita começa cerca de 90 dias após o transplantio das mudas para o campo.
A BRS Moema tem boa resistência ao nematoide-das-galhas (Meloidogyne javanica) e a uma espécie de potyvírus, o Pepper yellow mosaic virus (PepYMV), considerado um dos principais patógenos que afetam a cultura no País.
Esta cultivar se destaca ainda pelo alto grau de uniformidade das plantas e dos frutos, número elevado de frutos por planta e, principalmente, em relação à ausência de pungência nos frutos.
Esta é uma característica ainda não estabilizada em algumas das populações do grupo biquinho, atualmente cultivadas no Brasil.
A pimenta BRS Moema possui potencial tanto para o mercado de frutos frescos quanto para o processamento de conservas para aperitivos e geleias, uma vez que seus frutos são aromáticos, crocantes, saborosos e atendem àqueles consumidores que não consomem as ardidas. Pode também ser usada como ornamentação.
No Centro-Oeste do Brasil, esta cultivar produz em média 20 toneladas por hectare de frutos maduros, em seis meses de colheita, utilizando o espaçamento de 1,2 metro entre linhas e 80 centímetros entre plantas, com uma população de aproximadamente 10 mil plantas por hectare. Também é exigente em calor e sensível a baixas temperaturas. Por isto, deve ser cultivada preferencialmente nos meses de alta temperatura.
BRS Juruti e Nandaia
Em maio de 2016, as cultivares BRS Juruti e BRS Nandaia chegaram à maioridade e já podem ser incluídas na agenda da cadeia produtiva de hortaliças, no Brasil. As empresas Feltrin Sementes e Isla Sementes foram habilitadas pela Embrapa Produtos e Mercado (DF), naquele mês, a produzir e comercializar sementes das mais novas cultivares de pimenta, desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento de Capsicum da Embrapa Hortaliças.
Segundo a pesquisadora Cláudia Ribeiro, que coordena o Programa Capsicum (pimentas e pimentões), tanto a BRS Juruti como a BRS Nandaia têm alto teor de capsaicina, componente que determina o nível de picância dos frutos da pimenta, característica que o mercado tem exigido, nos últimos tempos.
“As duas cultivares atendem muito bem, por exemplo, às exigências das empresas processadoras para produção de ‘mash’, pasta de pimenta utilizada para fabricação de molhos picantes”, atesta Cláudia, para quem o diferencial das duas pimentas, frente a outras cultivares, é a conjugação do alto rendimento de polpa com o teor de picância. “A jalapeño, por exemplo, muito valorizada pela agroindústria por sua polpa, não apresenta o mesmo atrativo referente à picância.”
Analisadas em diversos Estados brasileiros, a Juruti e a Nandaia apresentaram ótimo desempenho em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
Crioulas
Neste mercado, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) colabora com o desenvolvimento de novas tecnologias para produção de pimentas, a exemplo do resgate de variedades crioulas, a partir da avaliação de sua utilização para consumo in natura e processamento.
“Nós nos preocupamos com variedades crioulas de pimentas, que foram selecionadas pelos próprios agricultores e intercambiadas entre eles”, salienta a pesquisadora Rosa Lia Barbieri, uma das responsáveis pelo trabalho e entusiasta na recuperação destas cultivares.
Para esse trabalho de conservação, a Embrapa Clima Temperado (RS) desenvolveu, há alguns anos, um Banco Ativo de Germoplasma de pimenta. Trata-se de uma alternativa para a conservação dos recursos genéticos. Ali, estão reunidas, em uma coleção, 370 acessos ou amostras de variedades crioulas.
Acima, as cultivares BRS Nandaia e BRS Juruti atendem bem às exigências das processadoras de molhos de pimenta. Fotos: Ana Carolina Evangelista
Fonte: Embrapa Hortaliças, Embrapa Clima Temperado e Ageitec
Sucesso do cultivo
de pimenta-do-reino depende de mudas sadias
- Marjorie Avelar – Especial para A Lavoura
Com o preço da tonelada da pimenta-do-reino em torno de R$ 28 mil, aumenta o número de produtores interessados em retomar ou iniciar na pipericultura. As boas práticas aumentam a longevidade das plantas, a produtividade e a qualidade da pimenta-do-reino produzida, atendendo aos padrões internacionais
A pimenteira-do-reino se adaptou muito bem ao Brasil, devido às condições de clima e solo favoráveis ao cultivo. Mas o sucesso depende, dentre
as boas práticas para o sistema de produção, da aquisição de mudas sadias. “Para tal, é importante que elas sejam adquiridas a partir de viveiristas credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, orienta o pesquisador Oriel Lemos, da Embrapa Amazônia Oriental (PA).
Se tiver condições, o próprio pipericultor pode produzir suas mudas, desde que atenda aos seguintes critérios:
• Que as plantas matrizes, das quais serão retiradas as estacas de dois a três nós do ramo principal, sejam sadias e vigorosas;
• As estacas sejam colocadas em substrato de areia lavada em condições de alta umidade para enraizar;
• Após duas semanas, as estacas emitem raízes. Com cerca de quatro a seis semanas, são transferidas para um saco preto de polipropileno com substrato, para a formação das mudas;
• Após dois a seis meses, as plantas estarão aptas a irem para o campo.
“É importante que as plantas, de onde as estacas serão retiradas, sejam livres de quaisquer sintomas de doenças ou deficiências nutricionais e bem vigorosas e no máximo com três anos”, informa Lemos.
Doenças
Segundo o pesquisador, as doenças que afetam as pimenteiras-do-reino são aquelas causadas por fungos, principalmente a Fusariose provocada pelo Fusarium solani f. sp. piperis e a Murcha Amarela, pelo Fusarium oxysporum. Já as viroses são provocadas pelos vírus Piper yellow mottle vírus (PYMoV) e Cucumber mosaic virus (CMV).
“As primeiras, fúngicas, levam à morte das plantas, com maiores danos econômicos. A Fusariose, que tem dizimado plantações, ocorre a partir do terceiro ano, ou logo após o plantio, se as mudas estiverem infectadas. As viroses, por sua vez, reduzem o crescimento da planta e afetam a produção”, informa o pesquisador.
Ainda relata que “as principais medidas de controle envolvem a utilização de mudas livres de doenças, solos bem drenados e manejo adequado da cultura”.
Boas práticas
A pimenteira-do-reino é cultivada, principalmente, no campo, mas também pode ser plantada em um quintal, como fonte de pimenta-do-reino para uso caseiro, sem exploração comercial. “Trata-se de uma cultura típica de pequenos produtores e as boas práticas para o cultivo começam
a partir da escolha e do preparo da área, cujos solos devem ser bem drenados, de baixa declividade (menos de 5%), e que não sejam compactados. Eles devem ser profundos para evitar o encharcamento, que é prejudicial ao desenvolvimento das plantas”, explica Lemos.
De acordo com o pesquisador, é fundamental o uso de mudas de qualidade fitossanitária e de cultivares adaptadas às condições de cultivo da região. “As condições de clima favoráveis ao cultivo são de temperaturas superiores a 23° C e precipitação acima de 1,2 mil milímetros anuais e bem distribuídas ao longo do ano. Caso contrário, o pipericultor terá de usar irrigação.”
Solo
O especialista relata que o produtor de pimenta-do-reino também deve fazer, inicialmente, a análise do solo para estabelecer a calagem em toda a área de cultivo, além da adubação tanto da cova para o plantio 40x40x40 centímetros, com matéria orgânica e NPK, quanto para o desenvolvimento inicial e para a produção. Esta, por sua vez, ocorre a partir do primeiro ano e se estabiliza após o terceiro, podendo se alongar por mais de uma década, dependendo das práticas de cultivo.
“A planta necessita de um tutor para se desenvolver, uma vez que é uma planta trepadeira, portanto, tradicionalmente é usado o tutor morto (estações de madeira) e o mais aconselhável, ambientalmente, o tutor vivo (gliricídia),
que tem se prestado muito bem para o cultivo, por favorecer maior longevidade às plantas, fixar nitrogênio do ar e evitar o desmatamento.”
Fotos: Oriel Lemos – Embrapa Amazônia Oriental
Mais ações
Dentre as boas práticas estão o manejo da cultura, amarrio das plantas para fixação das raízes ao tutor, podas, roçagens, adubações e prevenção de pragas e doenças. “No período da colheita, o pipericultor deve ter cuidado com a higiene pessoal e de utensílios, durante a colheita e pós-colheita, para evitar as contaminações.”
Segundo Lemos, também é importante que os frutos estejam maduros, com o objetivo de obter um produto de melhor qualidade como, por exemplo, pimenta preta do tipo ASTA (American Spice Trade Association), que alcança melhor preço no mercado internacional. “Também devem ser considerados os cuidados com o armazenamento.”
Facilidades
A pimenteira-do-reino tem sistema de produção comum em todo o Brasil, variando apenas as cultivares adotadas, o uso de irrigação ou a forma de secagem dos frutos, porque pode ser secada em secadores ou em pleno sol.
Na região Norte, informa o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, a secagem ocorre sob o sol, enquanto, em Espírito Santo, grande parte dos produtores faz a secagem em secadores.
Levando em conta o objetivo da produção, podem ser obtidos três tipos de pimenta: verde, preta e branca. A verde é oriunda da salmoura; a preta, dos frutos maduros colhidos e colocados diretamente para secar; e a branca vem de frutos bem maduros, que são colocados em água para a retirada da mucilagem e, em seguida, para secar, ficando brancas após este processo.
De acordo com Lemos, a pimenta branca tem melhor preço no mercado exterior: “O preço da pimenta-do-reino oscila muito no mercado internacional.
Atualmente, o produtor está comercializando entre 26 e 30 reais o quilo do produto”, ou seja, oscila de R$ 20 mil a R$ 30 mil a tonelada.
Comércio exterior
A maior parte da produção brasileira de pimenta-do-reino é comercializada no mercado internacional; no interno, o consumo é de aproximadamente
sete mil toneladas por ano. “O Brasil exporta pimenta-do-reino, principalmente a preta, para a Europa, Estados Unidos, Japão e alguns países da América do Sul, como a Argentina”, informa o pesquisador.
Ainda conforme Lemos, hoje, “o cenário de mercado é favorável para o Brasil, o que tem proporcionado mudanças (financeiras/econômicas)
para os pipericultores pela geração de renda, emprego no campo e melhoria da qualidade de vida dos produtores”. “Isto tudo devido ao elevado
preço da pimenta-do-reino pago pelo mercado internacional, considerando que o estoque mundial está em baixa e existe uma demanda que precisa ser suprida”.