Tutores devem manter a alimentação normal do animal, que varia de acordo com fatores como a idade, por exemplo, e estimular brincadeiras dentro de casa durante o período de isolamento social
O isolamento social afetou a vida de muita gente e também dos pets. De um dia para o outro, boa parte dos tutores passou a ficar em casa e os passeios foram cancelados (ou muito reduzidos). Esse cenário exige atenção com a alimentação de cães e gatos, para evitar erros e exageros que possam afetar a saúde deles. É hora de ficar de olho na quantidade e frequência da alimentação.
Durante o período de quarentena e isolamento social, que são medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde para conter o avanço da contaminação pelo novo coronavírus, os tutores precisam redobrar a atenção com um assunto que impacta diretamente na saúde do animal: o manejo alimentar.
Como a orientação é para que as pessoas fiquem em casa e evitem aglomerações, é necessário evitar os passeios com os pets, ou até mesmo deixar de fazê-los. Como consequência, a frequência de exercícios físicos dos animais diminui e eles gastam menos energia. Surge aí uma grande questão: como evitar que eles ganhem peso e até tornem-se obesos?
“Primeiramente é importante ressaltar que não é aconselhável trocar a alimentação dos animais em situações de estresse e mudanças de rotina”, destaca o médico veterinário Flavio Silva, supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet. Portanto, de acordo com ele, manter o alimento habitual é a melhor conduta, exceto se houver outra indicação do médico veterinário do animal.
Flavio dá algumas dicas importantes para garantir a saúde alimentar do pet nessa fase:
Qual quantidade de alimento oferecer ao pet?
A quantidade ideal varia de acordo com o peso, idade, nível de atividade física do animal e quantidade de energia disponível no alimento. No verso das embalagens está a orientação de consumo diária. É muito importante seguir a recomendação.
Quantas vezes por dia alimentar o pet?
Para os cães filhotes, a recomendação é fracionar a alimentação no mínimo de 3 a 4 refeições por dia até os 6 meses de idade, quando então é indicado oferecer no mínimo 2 refeições diárias. No caso dos gatos, tanto para adultos quanto para filhotes, a orientação é disponibilizar a quantidade de alimento diária para que o próprio animal estabeleça o número de refeições adequado às suas necessidades.
Dessa forma, as refeições serão determinadas pelo gato, mas a quantidade ofertada por dia será controlada pelo tutor, com base na orientação do médico veterinário ou da embalagem.
Como fazer com os petiscos?
Tutores devem estar muito alertas para não compensar a ausência de passeios com petiscos em excesso. Isso pode fazer com que os pets ganhem peso rapidamente, o que é um risco para o desenvolvimento de problemas de saúde. É necessário evitar o exagero e a regra é não ultrapassar 10% das calorias diárias dos pets com petiscos. Seguindo este cuidado, os animais continuarão saudáveis.
Como entreter os pets?
Pets habitualmente ativos podem se entediar facilmente com a falta de passeios. Por isso, a dica é promover atividades dentro de casa, investindo no enriquecimento ambiental.
Atualmente existem diversas opções de brinquedos (e até tutorias na internet para fazê-los em casa) que estimulam a movimentação, a atenção e o gasto energético durante a quarentena. Além dos brinquedos, é importante reservar um período do dia para brincar com os pets, estreitando o vínculo com eles.
Seguindo essas dicas e estabelecendo uma nova rotina dentro de casa, os pets se manterão saudáveis durante a quarentena.