Para ser eficiente, atingir alta produtividade e conseguir um bom resultado, em qualquer modelo de criação, é preciso dar atenção especial a esses fatores
Para que os animais possam expressar todo o seu potencial genético e tenham longevidade dentro do plantel, é necessário que um manejo e um planejamento nutricional adequados.
A importância da nutrição de qualidade e do correto manejo para melhorar o desempenho é fundamental, principalmente para as matrizes, que são peças fundamentais na evolução e manutenção do rebanho com foco em lucratividade.
De acordo com Beate von Staa, proprietária da Topgen, marca brasileira especializada em genética suína, a formulação da dieta é um dos segredos para um bom desempenho dos animais, afinal, ela deve ser balanceada, com minerais e vitaminas.
Ingredientes
“É preciso utilizar ingredientes boa qualidade, principalmente em relação à quantidade e à disponibilidade de nutrientes e à pureza (livres de micotoxinas e de contaminantes)”, explica. “Também é fundamental monitorar a qualidade e a correta conservação dos ingredientes, pois qualquer tipo de fungo pode ser suficiente para causar contaminação.”
A aquisição de concentrados, núcleos, premixes e outros produtos utilizados no preparo das rações também exige atenção. Segundo a especialista, é necessário verificar se a empresa está registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e que, portanto, corresponde às especificações legais e técnicas e seguem as normas de boas práticas de fabricação de produtos para alimentação animal.
Tendo total segurança da procedência e armazenamento dos ingredientes, o próximo passo é se atentar com a formulação da ração, que deve ser feita por um nutricionista, veterinário ou zootecnista com especialização em nutrição, que saiba realizar o equilíbrio necessário.
“Esse cuidado é fundamental, pois cada fase da criação tem uma demanda específica nutricional, portanto, é preciso atenção com a dieta, pois queremos que os animais cresçam rápido, mas sem excesso de peso”, diz Beate.
Equilíbrio
O manejo nutricional dos animais está diretamente ligado aos ganhos econômicos do produtor, não somente pela engorda deles, mas também pela eficiência da alimentação. O primeiro ponto é evitar desperdícios, pois excesso de ração no cocho pode resultar em sobrepeso e consequentemente mais gordura (fora dos padrões do mercado).
O segundo ponto é ter atenção com o oposto, ou seja, a baixa oferta de alimento. “A escassez de comida também estressa os animais, além da falta de nutrientes que pode causar canibalismo. Portanto, o desafio é achar esse meio termo. Por isso, é importante investir na nutrição automatizada, com uma precisão para cada fase, graças à formulação feita por computador para cada peso do animal”, explica.
Genética
Nos últimos anos, os programas de melhoramento genético focaram na seleção de animais com menos gordura e maior conversão em carne, que são mais eficientes economicamente.
Quando se fala em matrizes, é preciso um controle rígido na uniformidade da camada de gordura (espessura de toucinho) e escore corporal. Fêmeas muito magras não produzem leite suficiente, enquanto aquelas acima do peso podem ter a fertilidade comprometida.