Órgão também atualizou o portfólio desses insumos que são usados para o diagnóstico de brucelose e tuberculose
Em 2021, o Instituto Biológico (IB-APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, ampliou em 31%a sua produção de imunobiológicos. Estes produtos, que são utilizados para o diagnóstico de brucelose e tuberculose em animais, atendem ao Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT).
No ano passado, o IB produziu 7,1 milhões de doses de imunobiológicos, ante 5,4 milhões, em 2020. Na última década, o IB ampliou em 236% sua produção desses insumos. Vale lembrar que o diagnóstico de brucelose e tuberculose é uma exigência para o trânsito nacional e internacional de animais.
O médico-veterinário Ricardo Spacagna Jordão, responsável pelo Laboratório de Produção de Imunobiológicos do IB, credita esse crescimento aos investimentos recebidos pelo Instituto nos últimos anos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP).
“Esses investimentos permitiram pesquisas para melhorar a produção e o envase no Laboratório do IB, agilizando a nossa produção. Além disso, os recursos foram fundamentais para que o Instituto atualizasse seu portfólio de imunobiológicos para atender as demandas do setor produtivo”, diz Jordão.
Portfólio
Desde maio de 2021, o Instituto disponibiliza ao mercado duas opções de frascos, em dosagens diferentes. Com isso, é possível encontrar no mercado AAT (antígeno para diagnóstico da brucelose) com 160 e 64 doses, Prova Lenta de 60 e 24 doses, além das Tuberculinas Bovina e Aviária de 50 e 20 doses.
“Essa ação é muito importante, pois havia desperdício de doses em propriedades com número reduzido de animais. Quando o produtor precisava levar parte de seu rebanho para leilão ou exposição, por exemplo, também perdia muitas doses”, relata. “Quando um frasco é aberto, o prazo de validade se reduz rapidamente. O ideal é sempre utilizar frascos recentemente abertos, para evitar que diagnósticos falso positivos ou falso negativos”, acrescenta.
Em 2020, o IB aumentou o prazo de validade dos frascos de tuberculina para triagem e confirmatório de tuberculose, que passaram a ter dois anos, o dobro do que era disponibilizado anteriormente. Para o AAT, o aumento na validade foi de seis meses, passando de 12 para 18 meses. “Isso tem ajudado na rotina de compra e de armazenamento dos produtos no campo, além de reduzir o desperdício”, comenta o médico-veterinário.