A pesquisa em bubalinocultura viabilizará a sustentabilidade ambiental, social e econômica (Divulgação IZ)
O Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, na busca incansável por soluções sustentáveis aos problemas ambientais encontrados, está desenvolvendo um estudo para destino e aproveitamento adequados de resíduos orgânicos.
Intitulado “Sistema de produção de leite de búfalas integrado à compostagem de resíduos orgânicos”, o projeto é apoiado pela Fundação AgriSus e está sendo desenvolvido no Núcleo Regional de Pesquisa de Registro do IZ.
A geração de resíduos orgânicos tem aumentado exponencialmente tanto no meio rural quanto urbano e seu destino incorreto é fonte de contaminação de solo, água e ar.
No Vale do Ribeira, o aumento na produção de búfalos tem contribuído para aumento na geração de resíduos orgânicos. “O objetivo do estudo é viabilizar um sistema de produção de leite de búfalas que integre as produções de forragem, de leite e de resíduos orgânicos de forma sustentável”, afirma o pesquisador do IZ, Nélcio Antonio Tonizza de Carvalho.
De acordo com o especialista, a transformação destes resíduos em compostos orgânicos possibilita a incorporação de carbono ao solo, a manutenção da saúde populacional e a preservação do bioma regional.
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Benefícios
A aplicação de adubação orgânica, além de fornecer nutrientes, ajuda a melhorar as características físicas do solo, mantendo a umidade, bem como auxiliando no aumento da diversidade biológica o que melhora a produtividade das plantas. O sistema torna-se mais econômico, aumenta a rentabilidade do produtor e diminui os impactos ambientais.
Segundo Carvalho, na pecuária, os principais resíduos orgânicos são as fezes e urina produzidas pelos animais, enquanto na área urbana são produzidos os resíduos verdes compostos por galhos, cascas de árvores, gramas, folhas verdes e secas, flores e outros materiais provenientes da arborização.
“São materiais ricos em nutrientes e que podem ser submetidos à compostagem, disponibilizando nutrientes para aplicação na agricultura, em substituição ou complementação à adubação química, diminuindo o custo de produção de alimentos”, conclui.