Sucesso da iniciativa é resultado do esforço conjunto entre pecuaristas da região e entidades governamentais
Imunizar 100% da população de bovinos e bubalinos do Estado era a meta do governo de Minas Gerais ao promover a campanha de vacinação contra a febre aftosa nos rebanhos do Estado. O programa, iniciado em 1º de maio, teve o prazo prorrogado, de 31 de maio para 18 de junho, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por conta do enfrentamento da pandemia do coronavírus.
No período, mais de 350 mil produtores rurais do Estado imunizaram cerca de 24 milhões de animais nos rebanhos mineiros, o equivalente a 97,6% de animais vacinados. Segundo o coordenador estadual do Programa de Vigilância para a Febre Aftosa, fiscal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Natanael Lamas Dias, o balanço positivo da campanha é resultado do compromisso dos pecuaristas somado às iniciativas do governo de Minas.
“Mesmo com a pandemia, o alto índice alcançado confirma o cuidado do produtor rural com a sanidade do rebanho. Todas as regiões do Estado fecharam com índices acima de 90%, atendendo ao planejamento do programa de vacinação contra febre aftosa, porém, tivemos problemas pontuais em alguns municípios”, observa o fiscal do IMA.
Guaraciaba Santana, também fiscal do IMA e responsável pelo levantamento dos dados no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidagro), lembra que a GDA monitorou diariamente a campanha em todo o estado. “Um fator muito importante para o desempenho da campanha é a conscientização do produtor rural aliada a divulgação dos prazos a serem cumpridos conforme legislação vigente”, informa Santana.
A declaração da vacinação realizada pelos pecuaristas ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), teve o prazo estendido até 28 de junho. Esses dados foram analisados diariamente pela Gerência de Defesa Sanitária Animal (GDA), por meio do Sistema de Defesa Agropecuária (Sidagro).
A Campanha
O projeto faz parte de uma série de atividades do Plano Estratégico de Retirada da Vacinação do Programa Nacional de Vigilância para febre Aftosa (PNEFA), que tem como objetivo principal criar e manter condições sustentáveis para garantir ao Brasil o status de país livre da febre aftosa, ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo a pecuária nacional.
O plano está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul.
O governo de Minas realizou ações pontuais e estratégicas para divulgar a campanha em todas as regiões do Estado. Dentre os destaques, spots publicitários para rádios e vídeos informativos, além de posts nas redes sociais, cujos conteúdos informaram prazos, esclarecimentos e instruções sobre a vacinação contra a febre aftosa, sua importância e quais os benefícios da ação para os rebanhos e, consequentemente, para os produtores.
Na busca do novo status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação, Minas Gerais pertence ao Bloco IV, junto com Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Distrito Federal e parte do Mato Grosso. Para realizar a transição de status sanitário, foram considerados critérios técnicos, estratégicos, geográficos e estruturais, que resultaram no agrupamento das Unidades da Federação em cinco blocos.
Atualmente, a imunização dos animais é fundamental para que o Estado mantenha o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa com vacinação, status concedido pela Organização Mundial de Saúde (OIE), e que tem importantes acordos internacionais.