Biólogo do CEUB explica as causas das ocorrências e dá dicas de segurança
Para proteger as colônias e a rainha, as abelhas podem atacar quando se sentem ameaçadas, representando um risco para humanos e animais.
O biólogo Fabrício Escarlate, professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica que a gravidade da intoxicação depende da quantidade de veneno introduzida no organismo e da sensibilidade individual a possíveis reações alérgicas.
De acordo com o especialista, nos últimos cinco anos, no Brasil, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou em torno de 100 mil casos de acidentes por picadas de abelhas, dos quais 303 resultaram em óbito.
Sintomas
Escarlate salienta que os sintomas clínicos de uma única picada podem variar de uma simples inflamação local até uma reação alérgica grave, como o choque anafilático.
“As reações tóxicas locais costumam incluir dor, inchaço e vermelhidão na área afetada”, afirma.
Ele informa que perfil das vítimas de ataques costuma ser de homens entre 20 e 64 anos. Óbitos são mais frequentes em pessoas acima dos 40 anos.
Estratégia de sobrevivência
Segundo o professor, as abelhas desempenham um papel fundamental na polinização e na produção de mel e a defesa é uma estratégia de sobrevivência, não agressividade, e varia entre diferentes espécies.
“Durante o ataque, elas liberam feromônios, que atuam como um chamado de socorro para a colônia. Esses feromônios se dispersam no ar, alcançando outros indivíduos, que se mobilizam para o ataque”, acentua.
Escarlate orienta que o tamanho da colônia não é, em si, um indicador da probabilidade de ataque.
“Enxames maiores têm mais indivíduos para responder a uma intrusão, tornando o ataque potencialmente mais perigoso. No entanto, o fator decisivo é a percepção de ameaça pelas abelhas”, reforça o especialista.
Dicas de segurança
Ao sofrer um ataque de abelhas, o professor recomenda as seguintes dicas de segurança:
- Procure não correr nem se debater, pois isso pode agravar a situação;
- Busque atendimento médico o mais rápido possível;
- Dependendo do caso, pode ser necessário chamar os bombeiros, o SAMU ou outros serviços de emergência;
- Tente sair da situação andando devagar, mesmo que leve algumas picadas e sinta dor;
- Mantenha a calma, mesmo que seja difícil. Entrar em pânico ou desespero é a pior reação.
Fonte – Universitário de Brasília (CEUB)