
Agro sustentável: prioridade da SRB é melhorar a imagem do País perante a comunidade internacional, por meio do aumento do diálogo e do contato direto com a realidade do produtor brasileiro. Foto: Meramente ilustrativa/Divulgação
Grupos de agricultores europeus foram convidados a virem ao Brasil para conhecer os modelos de produção considerados como referência de sustentabilidade entre os brasileiros.
O convite, que partiu da Sociedade Rural Brasileira (SRB), tem como objetivo apresentar esses exemplos aos estrangeiros, como forma de referendar o País em torno de seu padrão de sustentabilidade e inovação no campo.
Para a instituição, trata-se de uma prioridade melhorar a imagem do Brasil perante a comunidade internacional, por meio do aumento do diálogo e, principalmente, do contato direto com a realidade do País.
A SRB contará com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) nesse que deve ser um intercâmbio de experiência entre produtores dos dois blocos.
O convite foi feito pelo presidente da SRB, Marcelo Vieira, quando esteve em Bruxelas, na Bélgica, para uma série de encontros e reuniões com representantes da União Europeia e associações de produtores rurais do continente.
“As mensagens sobre o agronegócio brasileiro que chegam à Europa, pautadas apenas em queimadas e desmatamento, criam uma visão distorcida dos esforços que empreendemos aqui”, diz o executivo.

“As mensagens sobre o agronegócio brasileiro que chegam à Europa, pautadas apenas em queimadas e desmatamento, criam uma visão distorcida dos esforços que empreendemos aqui”, diz Marcelo Vieira, presidente da SRB. Foto: Divulgação
Legislação ambiental
Na capital belga, o presidente da SRB participou de um simpósio promovido pela Apex-Brasil e ainda aproveitou a ocasião para exaltar modelos produtivos sustentáveis já implementados por agricultores brasileiros. Segundo Vieira, propriedades rurais no Brasil possuem percentuais de vegetação nativa preservada superiores a outros países.
“Temos uma legislação ambiental complexa e uma lei trabalhista no campo altamente exigente, mas essas notícias não chegam lá fora”, explica Vieira.
As discussões em solo europeu também estão associadas ao acordo entre o bloco Mercosul e a União Europeia, e ao trabalho de esclarecimento para que as próximas etapas da negociação tenham por base informações mais precisas para os países.
“Alguns nos encaram como competidores, precisamos construir o entendimento de um acordo agregador, vantajoso para todos e eficiente no longo prazo. Foi um dos principais pontos do nosso evento em Bruxelas”, explica o presidente da SRB.
Assinado em junho de 2019, o acordo de livre comércio Mercosul-UE foi aprovado após 20 anos de negociações. Entretanto, segundo a SRB, o processo de assinatura e ratificação do tratado depende da assinatura de todos os países dos dois blocos, processo que também depende de diálogo e bom entendimento entre as partes.