Pela primeira vez no Brasil, os dados dos censos agropecuários realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os anos de 1970 e 2017, estão disponíveis e organizados em uma plataforma totalmente digital, que permite o cruzamento de informações por ano, produto, município e Estado.
Também estão publicadas as informações sobre as pesquisas municipais a respeito da pecuária, extração vegetal na silvicultura, abate e agrícola, de 1990 ao ano passado. Nesse caso, os dados podem ser filtrados por município, microrregião, mesorregião, Estado, região e bioma. E, em todos eles, é possível gerar gráficos da pesquisa realizada.
Todas as funcionalidades estão disponíveis na plataforma digital do Atlas da Agropecuária Brasileira, um vasto banco de dados sobre o uso da terra e da safra brasileira, fruto da parceria da organização não governamental Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola e do Laboratório de Planejamento de Uso do Solo e Conservação do Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, vinculado à Universidade de São Paulo (Geolab/Esalq-USP).
Informações públicas
Segundo o Imaflora, ao organizar as informações e torná-las públicas, de forma mais simples, a intenção é facilitar outros estudos, análises e pesquisas sobre o setor, além de identificar tendências.
Ainda conforme a ONG, o aumento progressivo das atividades agropecuárias em direção ao Cerrado e a entrada na Amazônia é perceptível, assim como o aumento da área de produção de commodities em detrimento de uma recente diminuição da área de alguns alimentos, como o arroz e o feijão.
Embora ainda não haja uma análise formal dos pesquisadores sobre a série histórica. o Instituto destaca que é possível constatar que, ao longo dos anos, houve um acréscimo da produção, produtividade e concentração de terras, com a tendência de incorporação dos produtores rurais médios pelos grandes.
“Nesse momento, a plataforma quer responder a três perguntas: o que se produz, quanto se produz, onde e em qual período de tempo. Com o tempo, devemos agregar outras informações”, adianta Luis Fernando Guedes Pinto, gerente do Imaflora.
Para mais informações, acesse o site www.imaflora.org ou clique direto no link (encurtado): ow.ly/qfx930mQCxx!
Fonte: Imaflora