O montante de resíduos de óleo retirados de praias do Nordeste pela Petrobras, desde 12 de setembro, já soma mais de 200 toneladas, conforme divulgou a estatal nesta quarta-feira, 16 de outubro. Os resíduos são uma mistura de óleo e areia e foram recolhidos por aproximadamente de 1,7 mil agentes ambientais.
O trabalho ocorre em apoio ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e os custos das atividades de limpeza serão ressarcidos. O órgão federal é o responsável pelas decisões na operação, enquanto a estatal dá apoio técnico e implementa as estratégias.
A Petrobras acionou cinco Centros de Defesa Ambiental e nove Centros de Resposta a Emergência para responder ao desastre ambiental. As estruturas estão posicionadas em pontos estratégicos do território nacional para garantir condições de resposta a possíveis vazamentos de óleo em unidades da companhia, o que não é o caso desse derramamento de óleo no litoral brasileiro.
Análises do Centro de Pesquisas da Petrobras atestaram que o óleo cru que polui praias de diversos estados do Nordeste desde setembro não é produzido no Brasil e não foi comercializado nem transportado pela Petrobras.
Sem registro de novas manchas
A força-tarefa que analisa o vazamento de óleo que se alastrou pelo litoral da Região Nordeste do País informa que não houve registro de novas manchas na segunda-feira, 14 de outubro. A Marinha, no entanto, não descarta a possibilidade de aparecimento de mais óleo nas de praias da região.
Segundo os militares, não é possível afirmar que a fonte do vazamento tenha se esgotado. A força-tarefa de limpeza, que conta com 1.583 militares de 48 organizações e 74 civis, informou que mais de 200 toneladas de resíduos contaminados já foram isoladas.
Formado pela Marinha, pelo Ibama e pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), o grupo montou uma central de monitoramento para medir o impacto ambiental do acidente, de origem ainda desconhecida. A descontaminação das praias segue sem perspectiva de ser finalizada.