O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais Alimentos terá R$ 1 bilhão em recursos para atender financiamentos solicitados por agricultores familiares.
Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina solicitou, ao Ministério da Economia, o remanejamento de recursos para atender aos financiamentos de investimentos na atual safra agrícola, que se encerra em junho deste ano. O pedido foi encaminhado pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa ao Ministério da Economia.
A medida foi aprovada na reunião do dia 29 de janeiro, durante reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), e vale para financiamentos do programa contratados entre 1º de fevereiro e 30 de junho deste ano.
“Isso mostra a vontade de investir, que o pequeno agricultor está acreditando no governo, nas políticas públicas e investindo cada vez mais”, ressaltou a ministra Tereza Cristina.
Ela acrescentou que o Ministério da Agricultura irá acompanhar a contratação dos recursos pelos pequenos agricultores. “Procurem os bancos para que vocês possam tomar esses recursos e continuar os seus investimentos”, orienta.
Investimentos de longo prazo
De acordo com o secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio Marques, os agricultores familiares podem usar os recursos em investimentos de longo prazo, como a construção de galpões para avicultura e suinocultura, plantio de culturas perenes, máquinas e equipamentos, correção de solo e recuperação de pastagem.
“Embora tenhamos alocado mais recursos para essa finalidade no atual Plano Safra do que nos anos anteriores, isto é um sinal de confiança do produtor nas perspectivas do país a longo prazo”, destacou o secretário, ressaltando que o montante de R$ 1 bilhão é proveniente dos recursos do Pronaf Custeio.
A decisão do CMN se soma à medida tomada pelo Tesouro Nacional, em dezembro do ano passado, para realocação de R$ 874 milhões.
Com essas duas medidas, essa linha de investimento do Pronaf passa a contar com R$ 14,8 bilhões, o que representa 14,5% a mais do que os recursos originalmente programados para essa finalidade (R$ 12,9 bilhões) pelo Plano Safra 2019/2020.
“Desta forma, esperamos que esses dois remanejamentos sejam suficientes para normalizar o fluxo de recursos para investimentos até o fim dessa safra”, explicou Marques.