O alinhamento do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) aos princípios básicos da Rede Brasil do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) permitiu que a instituição fosse aceita como signatária desse acordo. O grupo – que reúne 800 membros no País e 9,9 mil no mundo, entre empresas e entidades sem fins lucrativos – defende dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção, que estimulam as organizações a desenvolverem ações para enfrentar os grandes desafios da sociedade.
Muitas das iniciativas atuais do inpEV já demonstram sua aderência a esses princípios, como os estudos de ecoeficiência que comprovam os benefícios ambientais do Sistema, o Programa de Educação Ambiental Campo Limpo, que em 2018 aborda os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Dia Nacional do Campo Limpo, que promove a conscientização ambiental na comunidade.
O alinhamento das ações corporativas a padrões mundiais é um dos grandes benefícios de participar da rede. “É importante fazer parte de um grupo em que os membros têm interesses comuns, defendendo valores aceitos internacionalmente. Representa uma disposição de tocar uma agenda sustentável em conjunto. Acreditamos que essa concentração de esforços e a cooperação na discussão de problemas é essencial para que essa trajetória seja bem sucedida”, afirma Maria Helena Zucchi Calado, gerente de Sustentabilidade do inpEV.
No Brasil, os projetos desenvolvidos estão divididos em Grupo Temáticos (Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho, Anticorrupção e ODS). O inpEV participa do Grupo Temático Alimentos e Agricultura, que tem como principal objetivo garantir a segurança alimentar no Brasil e no mundo, promover práticas de produção sustentáveis e utilizar essas novas formas de trabalho como diferencial competitivo para fortalecer o agronegócio brasileiro internacionalmente.
Metodologia
Em todo o território nacional, 94% das embalagens plásticas primárias comercializadas têm destinação ambiental correta. O índice médio brasileiro de destinação de embalagens vazias é calculado dividindo-se a massa total de embalagens destinada pelo Sistema Campo Limpo pela massa total de embalagens colocada no mercado pelos fabricantes. No entanto, no momento do cálculo do índice, parte das embalagens colocadas no mercado pelos fabricantes podem não ter sido esvaziadas pelos agricultores ou permanecerem nos estoques dos canais de distribuição e, portanto, ainda não foram devolvidas nas unidades do Sistema.
Conforme o inpEV, essa quantidade de embalagens “não-esvaziadas” ou “não-vendidas” ao consumidor final são estimadas anualmente e deduzidas da quantidade informada pelos fabricantes para o cálculo do índice médio. Alguns fatores justificam essa possível demora no uso dos produtos, entre eles, variações climáticas que podem diminuir a ocorrência de insetos, doenças ou de plantas daninhas e o aumento do plantio de variedades geneticamente modificadas e resistentes à insetos e doenças, reduzindo a necessidade do uso de agrotóxicos.
Segundo o Instituto, além disso, outro fator que pode resultar em uma venda menor do que a prevista pelos distribuidores é o uso de produtos ilegais, falsificados ou contrabandeados, cujas embalagens não são devolvidas pelo agricultor. Estima-se hoje que o uso destes produtos esteja entre 20 a 25% do volume total aplicado, resultando em potencial dano ambiental, uma vez que estas embalagens não tem destinação adequada.
Sobre o inpEV
Há 17 anos, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias atua como núcleo de inteligência do Sistema Campo Limpo nas atividades de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas e promove ações de conscientização e educação ambiental sobre o tema, conforme previsto em legislação.
O inpEV é uma instituição sem fins lucrativos formada por mais de 100 empresas e nove entidades representativas da indústria do setor, distribuidores e agricultores.
Sobre o Sistema Campo Limpo
O Sistema Campo Limpo tem como base o princípio das responsabilidades compartilhadas entre todos os elos da cadeia produtiva (agricultores, fabricantes e canais de distribuição, com apoio do poder público) para realizar a logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas. O Brasil é referência mundial na destinação ambientalmente correta do material, encaminhando 94% de embalagens plásticas primárias para reciclagem ou incineração.
Para mais informações sobre o inpEV e o Sistema Campo Limpo estão disponíveis no site www.inpev.org.br.