Homens e mulheres com mais de 60 anos representam 20% do poder de consumo do Brasil, segundo informações de Getúlio Vaz, representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), repassadas nesta quinta-feira (31 de outubro), durante uma audiência pública da Subcomissão Permanente de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa do Senado.
“Economia da Longevidade ou Economia Prateada, uma alusão aos cabelos grisalhos e brancos, gera mudanças fundamentais na economia dos países. Por já estarem aposentados em grande parte, não têm gastos que os mais novos têm”, afirma Vaz.
A audiência faz parte do ciclo de debates sobre os efeitos do Estatuto da Pessoa idosa (Lei 10.741/2003), por iniciativa do senador pelo Estado do Tocantins Eduardo Gomes.
Segundo Vaz, o mundo está envelhecendo. Alguns países já têm quase 30% de suas populações com pessoas idosas (acima de 60 anos). Nos Estados Unidos, estima-se em 25% o poder de consumo movimentado por pessoas com mais de 60 anos. O Japão possui 35,8 milhões de pessoas com mais de 65 anos. Isso corresponde a 35,3% de sua população.
“Atualmente, verificamos que 17% dos novos empreendedores têm entre 55 e 64 anos de idade e 8% têm 65 anos ou mais. Enquanto os mais jovens declaram empreender seus negócios para conseguir independência financeira, os mais velhos declaram ter uma outra fonte de renda.”
Políticas públicas
Também participou da audiência um representante da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, o fisioterapeuta Hudson Azevedo Pinheiro, que defende a valorização do Conselho Nacional da Pessoa Idosa, para a elaboração de políticas destinadas aos idosos.
“Temos de pensar em novas formas ou menor carga horária da jornada de trabalho de pessoas idosas que estejam trabalhando. É correto e devemos continuar a incentivar a atividade física e os centros de encontro e atividades. Vários idosos são os arrimos de suas famílias e a sua saúde e prolongamento de suas vidas é fundamental para suas famílias”, comenta Pinheiro.