Um dos maiores problemas que afeta a produção e a produtividade da terra é a erosão. Atenta a esse cenário no Brasil, a Unidade Solos (RJ) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou no Dia Mundial do Solo, comemorando em cinco de dezembro, um concurso de vídeos sobre o tema, abordando práticas de controle ou prevenção da erosão nos biomas Mata Atlântica, Cerrados, Amazônia, Caatinga, Pampas e Pantanal.
O desafio de inovação foi lançado durante evento no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que contou com a presença da chefe-geral da Embrapa Solos, Petula Ponciano, mestre em Planejamento Urbano e Regional e doutora em Politicas Públicas, Estratégia e Desenvolvimento.
“Fomos inspirados por concurso similar, realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), internacionalmente, cujo vencedor foi um vídeo produzido na Bolívia. A versão brasileira da competição conta com apoio da FAO”, revela Petula.
As inscrições estão abertas até 15 de março de 2020. A duração sugerida para os vídeos concorrentes é entre um e dois minutos. Serão escolhidas como vencedoras três obras. Para saber mais acesse o edital do concurso aqui.
O tamanho do buraco
No mundo, o solo equivalente a um campo de futebol, vítima de erosão. desaparece a cada cinco segundos. Além disso, a agricultura intensiva, o desmatamento, as atividades de mineração e o aumento da área urbana também aceleram a erosão, podendo reduzir o rendimento das colheitas em até 50%.
“Estimamos que as perdas causadas por problemas no solo no Brasil, em especial a erosão, somam cerca de US$ 15 bilhões. Além disso, temos que estimar o quanto deixamos de ganhar com esses percalços”, afirma Fernando Silveira Camargo, secretário de inovação, desenvolvimento rural e irrigação do Mapa.
De acordo com a Embrapa Solos, vale lembrar que a degradação das terras pode ser evitada pelo uso de boas práticas agrícolas utilizando-as de forma a manter ou melhorar as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, manejando suas limitações e potencialidades para a produção agrícola, possibilitando maior agregação, armazenamento de água e disponibilidade de nutrientes essenciais para o crescimento vegetal.
Esse é o objetivo do desafio de inovação proposto pela Embrapa: mostrar que essas boas práticas existem e podem fazer a diferença.