Centrais de Abastecimento representam o principal canal de escoamento das hortaliças e frutas do País. Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de quantidade de Centrais na América Latina, somando um total de 74, de acordo com a Conab. Foto: Divulgação
A produção e o escoamento de frutas e hortaliças, o desenvolvimento da inteligência do setor, a estruturação do ambiente de comercialização e o incentivo às boas práticas agrícolas fizeram parte da primeira reunião do Grupo de Trabalho das Ceasas recém-criado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que visa, principalmente, à modernização de Centrais de Abastecimento pelo Brasil afora. O GT foi instituído pela Portaria nº 267/2019.
De acordo com a estatal, a promoção da segurança alimentar e nutricional e possíveis parcerias entre as esferas pública e privada também devem receber mais atenção e foram assuntos da o encontro, que também tratou da agenda para 2020. A reunião foi realizada na quarta-feira, 18 de dezembro, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em sua fala, o diretor-presidente da Conab, Newton Araújo Silva Júnior, apresentou o Panorama do Setor Hortifrutícola e o Papel Estratégico das Ceasas, enfatizando que as Centrais de Abastecimento representam o principal canal de escoamento das hortaliças e frutas do País.
Ainda destacou que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de quantidade de Centrais na América Latina, somando um total de 74 espaços físicos.
Cenário econômico
Olericultura gera sete milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil. Foto: Divulgação
De acordo com a Companhia, em relação ao cenário da economia do agronegócio brasileiro, R$ 25 milhões são movimentados pela olericultura, com a geração de sete milhões de empregos diretos e indiretos.
Olericultura é a área da horticultura que abrange a exploração de hortaliças e engloba culturas folhosas, raízes, bulbos, tubérculos, frutos diversos e partes comestíveis de plantas.
Já a fruticultura gera seis milhões de empregos diretos, o que corresponde a 27% dos postos de trabalho que existem no cenário agrícola nacional.
Araújo mostrou também que são 22 centrais localizadas em capitais e 52 no interior do País. Outro número apresentado por ele foi a quantidade de hortigranjeiros comercializados nas Ceasas em 2018: 17,5 milhões de toneladas, o que movimentou R$ 37 bilhões.
Participações
Os debates contaram com a participação dos secretários executivo e de Política Agrícola do Mapa, Marcos Montes e Eduardo Sampaio, respectivamente, além de representantes das Centrais de Abastecimento de todo o Brasil, incluindo o presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen), Gustavo Melo, e o presidente da Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entrepostos de Abastecimento (Brastece), Waldir de Lemos.
Pela Conab, além do diretor-presidente, participaram os diretores de Política Agrícola e Informações, Guilherme Bastos Filho e de Operações e Abastecimento, Bruno Scalon Cordeiro.
Subgrupos
Durante o encontro foram criados subgrupos temáticos para a discussão de determinados eixos e os respectivos integrantes que conduzirão cada tema. Entre eles, estão subgrupos de modelo de gestão, investimento, política pública e investimento; promoção de segurança alimentar e nutricional e informações estratégicas.
