Onça-pintada fêmea que foi resgatada e ficou internada no Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres (CEMPAS) da UFMT antes de ser transferida ao Instituto NEX para um tratamento com células-tronco. O animal teve queimaduras de terceiro grau nas patas
Os incêndios que atingem o Pantanal continuam a colocar em risco a biodiversidade do bioma. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a quantidade de focos de incêndios registrados nos oito primeiros meses de 2020 equivale à quantidade total dos seis anos anteriores somados.
Para colaborar com o Instituto Nex:
ONG de Proteção às Onças – Doações:
Instituto NEX – CNPJ:04.567.090/0001-58
BB- Ag: 3413-4 CC: 11689-0
vaka.me/1320560
No estado de Mato Grosso, o fogo já atingiu 45% (51 mil hectares) do Parque Estadual Encontro das Águas, o refúgio com a maior população mundial de onças-pintadas – animal símbolo do Brasil.
A informação é do coordenador do Comitê Temporário Integrado Multiagências de Coordenação Operacional de MT (Ciman/MT), tenente-coronel bombeiro militar Dércio Santos da Silva.
“O estado não mede esforços para conter os incêndios e esta área especificamente colocamos como prioridade, diante da grande extensão das áreas do Pantanal. Após as equipes reportarem os incêndios no local, sobrevoamos a região, e definimos um conjunto de estratégias para ações no local, e de otimização dos recursos”, afirmou. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
Além do prejuízo ao ambiente, os incêndios acabam impactando a economia local. Um estudo da Panthera – organização dedicada à conservação dessas espécies de felinos selvagens – estima que o turismo de observação de onças no Pantanal brasileiro representa um faturamento bruto anual de US$ 6,8 milhões às comunidades da região.
Mesmo sem plano de manejo, o Parque Estadual Encontro das Águas recebeu em 2015 mais de 2,8 mil visitantes estrangeiros, segundo estudo publicado na revista científica Perspectives in Ecology and Conservation.