O município de Bonito, no Mato Grosso do Sul, ganhará refúgio natural para aves que vivem no Pantanal, ampliando as áreas de proteção e de nidificação dessas espécies ameaçadas pela perda de seus habitats naturais.
Em uma ação conjunta do fotógrafo e ambientalista Mário Barila, fundador do Projeto Água Vida, e das equipes do Rio Sucuri Ecoturismo, Chácara Boa Vida e Fundação Neotrópica do Brasil, no mesmo dia da abertura da COP30, em 10 de novembro, o município de Bonito (MS) promoverá o plantio de 250 árvores que servem de alimento e abrigo para araras e outras aves da fauna pantaneira.
A iniciativa de plantação de espécies como o jacarandá-mimoso, sete copas, amendoim-de-arara, baru e copaíba, será realizada em uma área de mais de 2 mil m², no atrativo turístico Rio Sucuri Ecoturismo, onde ficará o Bosque das Araras.
O espaço deverá se tornar refúgio natural para araras e aves que vivem no Pantanal, ampliando as áreas de proteção e de nidificação dessas espécies, frequentemente ameaçadas pela perda de seus habitats naturais.
O local será visitado por crianças das escolas de Bonito, que poderão observar as aves livres em seu ambiente natural Foto Projeto Água Vida/Divulgação
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Reflorestamento e educação ambiental
Mário Barila, idealizador da ação que une reflorestamento e educação ambiental, explica que o local será visitado por crianças das escolas de Bonito, que poderão observar as aves livres em seu ambiente natural. “O objetivo é criar um habitat permanente, onde as araras e demais aves encontrem alimento, abrigo e segurança, fortalecendo a reprodução e a conservação das espécies”, ressalta.
“Quando plantamos uma árvore, plantamos também a esperança de ver a natureza se refazer. O Bosque das Araras será um símbolo do que podemos alcançar com união e propósito”, acrescenta Barila, que há mais de uma década lidera o Projeto Água Vida em ações de reflorestamento e conscientização ambiental no Pantanal e em outros biomas brasileiros.
Ele conta que as mudas utilizadas no plantio serão doadas pela Chácara Boa Vida, da viveirista Élida Aivi, e o plantio ocorrerá em conjunto com a Fundação Neotrópica do Brasil. “A parceria reforça a continuidade de um trabalho desenvolvido há anos: o Projeto Água Vida já havia doado insumos para a criação de um viveiro voltado à produção de árvores que servem de alimento e abrigo às araras, e agora as mudas cultivadas ali retornam à natureza, dando origem ao novo bosque”, revela o fotógrafo.
O Bosque das Araras vai ampliar áreas de proteção e de nidificação dessas espécies, ameaçadas pela perda de seus habitats naturais Foto Projeto Água Vida/Divulgação
Bosque das Araras
Barila destaca que o Bosque das Araras nasce como um projeto coletivo e contínuo, que integra comunidades, educadores e ambientalistas em torno de um mesmo propósito: proteger o Pantanal e garantir um futuro para as espécies que fazem parte da identidade brasileira.
Ele aproveitará a ação e sua passagem por Bonito para produzir novas fotos para o Projeto Água Vida, cuja comercialização contribui para o financiamento das ações socioambientais realizadas nos diferentes biomas do país.
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Barila utiliza a fotografia como ferramenta de conscientização ambiental, registrando espécies ameaçadas, a realidade das comunidades locais e a luta pela preservação da vida e do planeta Foto Prefeitura de Rio Branco/Divulgação
Paixão pela fotografia
Economista de formação, Mário Barila se dedicou à fotografia, sua paixão desde a adolescência. Ao se aposentar, aprofundou seus estudos com o renomado fotógrafo Araquém Alcântara, conhecido por retratar a fauna e flora do Brasil.
Sensibilizado com as questões ambientais e sociais observadas em suas viagens pelo país e exterior, Barila utiliza a fotografia como ferramenta de conscientização ambiental, registrando espécies ameaçadas, a realidade das comunidades locais e a luta pela preservação da vida e do planeta.
Projeto Água Vida
O Projeto desenvolvido por Mário Barila tem como propósito desenvolver e realizar ações em prol da preservação ambiental, educação ecológica e resgate de cidadania, destacando a importância vital da água para a vida no planeta.
As iniciativas são financiadas pela venda das fotos de Barila e por doações de parceiros, garantindo a continuidade de projetos em diferentes biomas brasileiros.
