Aves, besouros, borboletas, mariposas, morcegos e, principalmente, abelhas são responsáveis direta e indiretamente pela polinização de 75% da alimentação humana
Um alerta vermelho em torno da perda de animais polinizadores – tais como aves, besouros, borboletas, mariposas, morcegos e, principalmente, abelhas – foi acionado, nos últimos anos, por várias instituições de pesquisas de diversos países, entre eles o Brasil. Juntos, de forma direta ou indireta, eles são responsáveis pela polinização de 75% das variedades de cultivos para a alimentação humana.
Segundo a unidade de Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o mundo inteiro vem registrando o sumiço crescente de abelhas, especialmente na Europa, ocasionado pelo chamado distúrbio de Colapso de Colônias (DCC).
A população de uma colmeia depende de uma série de fatores para seu crescimento. quando as condições são propícias a isso, apenas uma colônia pode chegar a cerca de 80 mil operárias, 400 zangões e uma abelha rainha.
Diante do cenário, a preocupação global se justifica, considerando que esses insetos são os que mais polinizam as plantas cultivadas, por se adaptarem facilmente a diferentes ecossistemas e a tipos diversos de manejo, além de serem generalistas na busca por recursos naturais.
Conforme especialistas, o desaparecimento de abelhas no planeta é resultado de variados problemas, incluindo o uso indiscriminado de agroquímicos; a perda de habitats devido a usos diversificados da terra; a adoção de monoculturas; patógenos e parasitas que atacam as colônias; além do desmatamento e das mudanças climáticas.
Mestre em Entomologia e PhD em Biologia, a pesquisadora especialista em Ecologia de Pestes Carmen Silvia Soares Pires, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, ressalta que a situação não é diferente no Brasil, levando em conta que o País também está vivenciando a perda de colônias, assim como os Estados Unidos e nações da Europa, lugares onde o DCC já foi comprovado.
Urgência
“As próximas gerações vão sentir muito os efeitos da redução das abelhas, se não for feito alguma coisa para reverter essa situação”, alerta Thiago Gama, CEO da Wenzel’s Apicultura, empresa instalada no município de Picos, no Estado do Piauí, que comercializa produtos agrícolas orgânicos, devidamente certificados.
Assim como a maioria dos cientistas de todo o mundo, o apicultor e executivo vem procurando outras causas para o Distúrbio de Colapso de Colônias que, segundo a Embrapa, é caracterizado pela rápida diminuição de abelhas operárias em uma colônia, o que afeta diretamente a produção de mel, própolis, pólen apícola e geleia real.
Análise de incidências
Nos últimos anos, apicultores brasileiros vêm registrando perdas de abelhas em suas colmeias, especialmente nos Estados de São Paulo e Santa Catarina, onde ocorreram casos de fraqueza, declínio e colapso de colônias.
Resultados de uma análise de incidências indicaram que essa mortalidade não foi associada a patógenos (organismos que causam doenças) ou parasitas. Apenas dois casos apresentaram características semelhantes ao Distúrbio de Colapso de Colônias (Colony Collapse Disorder – CCD, em inglês).
A identificação desse problema global causa preocupação em especialistas dos Estados Unidos e de países europeus, mas em ambas as situações, em território nacional, as causas ainda não puderam ser definidas. Essas e outras informações fazem parte do documento “Enfraquecimento e perda de colônias de abelhas no Brasil: há casos de CCD?”.
Assinado, entre outros, pela pesquisadora da Embrapa Carmen Pires, o artigo foi publicado em uma edição temática da Revista Brasileira de Pesquisa Agrícola (Pesquisa Agropecuária Brasileira – PAB), em maio de 2016. leia em ow.ly/foON30fZWk4 (link encurtado).
O estudo reuniu um árduo trabalho de pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Embrapa Meio-norte (PI), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês) e Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão vinculado à secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de são Paulo (SAA).
Seu objetivo foi compilar algumas pesquisas mais relevantes relacionadas às possíveis causas de perdas e fraquezas nas colônias de abelhas europeias (Apis mellifera) e de espécies de abelhas nativas no Brasil.
Reversão do quadro
Para reverter essa situação, o documento assinado por pesquisadores brasileiros aponta a urgência de estabelecer programas específicos para pesquisar, sistematicamente, a saúde das abelhas associada às avaliações dos impactos da fragmentação de seu habitat, das práticas agrícolas e, especialmente, dos agroquímicos nas comunidades desses insetos.
As pesquisas desenvolvidas na Europa e nos EUA geraram um volume considerável de informações sobre ameaças bióticas (relações ecológicas dentro de um ecossistema) e ameaças abióticas (fatores ambientais que influenciam os seres vivos) para a saúde das abelhas.
Os principais avanços científicos, obtidos principalmente a partir de ferramentas moleculares, indicam que é impossível associar o colapso a um único fator.
Impactos econômicos no Brasil
Dados reunidos no artigo publicado pela Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB) mostram que, das 141 espécies de plantas cultivadas no Brasil para alimentos, biodiesel e fibras, cerca de 60%, ou seja, 85 espécies dependem da polinização animal.
Estima-se que o valor econômico da polinização realizada por insetos, com destaque para as abelhas, corresponda a 9,5% da produção agrícola mundial. Por aqui, a produção de mel gera mais de R$ 300 milhões por ano.
A partir desses números, é possível estimar o dano que um colapso nas populações de abelhas poderia causar ao País, conforme alerta a pesquisadora Carmen Pires, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Sintomas do DCC
Os sintomas do Distúrbio de Colapso de Colônias (DCC) incluem a perda rápida de abelhas trabalhadoras, evidenciadas pela fraqueza ou morte da colônia com ninhada em excesso, em comparação com o número de abelhas adultas, ausência de ninhada e abelhas adultas mortas dentro e fora das colmeias.
Outra característica dessa desordem é a inexistência de vestígios de pragas, como as mariposas, por exemplo, o que indicaria uma invasão imediata de colmeia.
No Brasil, infelizmente não há um sistema nacional para monitorar colônias nos apiários e em seu ambiente natural. Os autores do documento “Fraqueza e colapso das colônias de abelhas no Brasil” apontam para a necessidade urgente de estudos, que possam ampliar e aprofundar as análises de possíveis causas de mortes de abelhas, em todas as fases de seu desenvolvimento.
Lugares remotos
Conforme a Embrapa, as mortes de abelhas foram observadas em áreas ao lado de terras agrícolas onde produtos agroquímicos foram aplicados, mas também em locais extremamente remotos. Esse fato pode indicar que, além do efeito direto de produtos químicos nos insetos, pode haver uma interação com agentes patogênicos na natureza.
Em território nacional, existem 1,7 mil espécies de abelhas, aproximadamente, sendo que muitas delas podem trabalhar como polinizadoras em 89% da flora nativa. segundo os autores do documento “Fraqueza e colapso das colônias de abelhas no Brasil”, uma das soluções para atenuar o problema é ampliar a observação da suscetibilidade da abelha nativa aos diferentes produtos utilizados, hoje em dia, na agricultura brasileira.
Em todo o País, existe apenas um laboratório especializado nesse assunto, localizado na Agência de Tecnologia do Agronegócio de São Paulo (APTA), que não pode atender à demanda nacional. O ideal, alerta a Embrapa, seria pelo menos um laboratório por região brasileira.
Fora os problemas já relatados, a estatal ainda destaca outros empecilhos: o alto custo das análises laboratoriais de resíduos e o fato de que a apicultura, na maioria dos casos, não é a principal atividade do produtor rural.
Soluções
Uma das soluções sugeridas pelo estudo é o estabelecimento de uma rede de laboratórios para apoiar pesquisas epidemiológicas. Também é recomendado o estabelecimento de um sistema eficaz de monitoramento de colônias em apiários e ambientes naturais.
No Brasil, por exemplo, não existe um registro organizado abrangente de apicultores. de acordo com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, o que prevalece são algumas iniciativas isoladas de profissionais de defesa agrícola e de agricultores, mas não há uniformização, o que torna a intercomunicação impraticável
“Sem um conhecimento efetivo de detentores de abelhas e colônias no Brasil, não é possível medir a magnitude das perdas ou associá-las com segurança ao DCC ou a outros colapsos”, diz a pesquisadora Carmen Pires.
Recomendações
A principal recomendação dos cientistas, portanto, é fazer avaliações mais amplas da saúde das abelhas em território doméstico, considerando o efeito dos princípios ativos que compõem agroquímicos em condições de campo e semicampo e, especialmente, em longo prazo.
Também sugerem o estabelecimento de um fundo nacional, administrado pela iniciativa privada e por agências públicas de pesquisa, como uma das soluções viáveis para financiar novos estudos.
Conforme a Embrapa, atualmente, “os resultados obtidos são frutos de testes laboratoriais, que representam avanços do conhecimento e podem informar as decisões governamentais, mas precisam contar com avaliações complementares realizadas em condições de campo e semicampo”.
Embora não tenha sido confirmada, claramente, a ocorrência do distúrbio de Colapso de Colônias no Brasil, o estudo aponta para um risco iminente, considerando que muitos dos fatores associados ao DCC são encontrados hoje em dia, o que torna a situação bastante preocupante também em território nacional.
Aproximadamente um terço das terras brasileiras já foi modificado, resultando na perda de grandes áreas de vegetação natural. “Além disso, os possíveis impactos da fragmentação do habitat nas comunidades de abelhas ainda não foram devidamente avaliados”, pondera a pesquisadora Carmen Pires.
Agrotóxico: o maior vilão
Dentre os principais “vilões” das abelhas e de outros animais polinizadores – como besouros, borboletas e mariposas –, certamente, está o uso indiscriminado de produtos agroquímicos nas lavouras.
CEO da Wenzel’s Apicultura, Thiago Gama cita como exemplo, já comprovado em testes de laboratório, o herbicida Glifosato como um dos mais nocivos às abelhas. Esse produto geralmente é usado para matar ervas daninhas, especialmente as folhosas perenes, além de gramíneas que competem com as culturas agrícolas.
Professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (SP) e professor visitante da universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), em Mossoró (RN), Lionel Segui Gonçalves explica, cientificamente, o desaparecimento de abelhas pelo uso de agrotóxicos.
“Quando a abelha sai da colmeia em busca de alimentos, se o local que ela visita recebeu esses produtos – especialmente os neonicotinoides (inseticidas derivados da nicotina) –, ela vai entrar em contato com o agente principal do produto químico, que atua sobre o sistema nervoso das abelhas”, relata Gonçalves, que é especialista em Genética de Abelhas, com ênfase para as africanizadas (Apis mellifera L.).
Ele explica que, diante desse contato com agroquímicos, ocorre um bloqueio no cérebro das abelhas, afetando a memória delas. A partir daí, esses polinizadores se esquecem de onde vieram e não conseguem retornar à colônia.
“Elas se perdem no campo e desaparecem. na verdade, elas morrem”, diz o professor.
Campanha ‘no Bee, no Food’
No final do ano passado, Gonçalves foi homenageado na cerimônia de encerramento do maior Congresso Internacional de Apicultura – o 45th Apimondia International Apicultural Congress –, realizado na Turquia. O brasileiro recebeu o Título de Membro Honorário da Apimondia por seus 50 anos de participação e contribuições científicas em prol do desenvolvimento da apicultura nos congressos daquela localidade.
Em 2013, ele e outros parceiros lançaram a campanha “No Bee, No Food” (sem Abelha, sem Alimento), encabeçada pelo Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura da Universidade Federal Rural do Semi-árido (Cetapis/Ufersa). na época, ele angariou 22 mil assinaturas em uma petição pública.
O documento foi entregue aos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com um pedido de implementação de políticas públicas de proteção às abelhas. Para outras informações sobre essa campanha, acesse www.semabelhasemalimento.com.br.
No ano passado, o professor brasileiro também apresentou ao mundo a iniciativa “Bee Or Not To Be”, que integra a campanha “No Bee, No Food”, durante o congresso da Apimondia, na Turquia.
Desconhecimento da população
Embora a polinização preste “serviços gratuitos” estimados, de acordo com a Universidade de São Paulo (USP), em mais de R$ 12 bilhões somente no Brasil, na contramão disso está o desconhecimento da população sobre o tema.
Uma pesquisa inédita realizada pelo Ibope, divulgada no ano passado, revelou que o brasileiro não sabe do papel dos polinizadores na produção agrícola de alimentos que chegam à mesa dos consumidores.
Foi constatado que 78% da população adulta desconhecem ou nunca ouviram falar no termo “polinização”. A pesquisa também mostrou que dentre os 22% de brasileiros entrevistados, que afirmam conhecer o termo, somente 8% dizem que é o processo de transporte do pólen de uma flor para outra; 43% sabem que esse processo ocorre a partir da ação de animais; e poucos conhecem outros meios de polinização, como ar e água.
Projeto ‘Polinizadores do Brasil’
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) aponta que 85% das plantas com flores das matas e florestas e 70% das culturas agrícolas dependem dos polinizadores. A polinização, especialmente das abelhas, é fundamental para garantir a alta produtividade e a qualidade dos frutos em diversas culturas agrícolas.
Segundo a USP, para divulgar a importância do papel dos polinizadores na produção de alimentos e a necessidade de promover a conservação e o uso sustentável desses animais, o projeto “Polinizadores do Brasil”, coordenado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), formou uma rede nacional de pesquisa, entre os anos de 2010 e 2015, para estudar os efeitos da polinização em culturas agrícolas nacionais.
Também produziu uma série de planos de manejo com recomendações para agricultores e observou o comportamento de diferentes espécies de polinizadores, identificando, inclusive, nove espécies novas de abelhas, das quais três já foram publicadas.
O projeto concentrou esforços em sete culturas importantes no Brasil – algodão, caju, canola, castanha, maçã, melão e tomate (veja quadro abaixo) – e foi inserido em uma iniciativa internacional da FAO, financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, do inglês Global Environmental Facility) e que teve o Funbio como agência responsável pela execução.
Com o apoio do Programa das nações unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a iniciativa também foi realizada na África do Sul, Gana, Índia, Nepal, Paquistão e Quênia.
Em parceria com diversas instituições – como a Embrapa, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), USP e outras universidades –, essa rede de pesquisa fomentada pelo Polinizadores do Brasil coletou informações sobre o comportamento de agentes polinizadores nas sete culturas agrícolas nacionais mencionadas anteriormente..
Ao todo, o trabalho rendeu mais de 40 publicações, incluindo um plano de manejo para cada cultura estudada, com recomendações de práticas amigáveis aos polinizadores.
Maior iniciativa do Brasil
“O projeto Polinizadores do Brasil foi a maior iniciativa já realizada no País sobre o assunto e reforçou a importância da polinização para a segurança alimentar. Foi um grande trabalho de pesquisa e análise de dados, que envolveu quase 60 bolsistas de 18 instituições de pesquisa, em mais de 15 Estados brasileiros”, relata a secretária-geral do Funbio, Rosa Lemos de Sá.
De acordo com a executiva, esse projeto também fez parte de um esforço global para entender, conhecer e reconhecer o papel dos agentes polinizadores na produção agrícola, cujo serviço prestado mundialmente é estimado em 350 bilhões de dólares. Para tanto, o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) investiu em torno de 3,3 milhões de dólares para execução desse trabalho no Brasil.
Segundo o projeto, dentre as quase 310 mil espécies de plantas conhecidas atualmente, 87% dependem em algum grau de polinizadores animais. Somente as abelhas são responsáveis por mais de 70% das polinizações e, por isso, são apontadas como os agentes mais eficientes.
Boas práticas agrícolas
Entre as recomendações de boas práticas agrícolas para a manutenção dos agentes polinizadores, algumas delas são comuns para todas as culturas.
“Há boas práticas simples, que favorecem a visita de agentes polinizadores, entre elas manter a vegetação natural próxima às roças, disponibilizar fontes de água para os polinizadores, ter plantios consorciados com outras culturas e evitar práticas destrutivas aos seus ninhos”, cita Fernanda Marques, coordenadora da Unidade de Doações Nacional e Internacionais do Funbio.
Ela também destaca a importância do cuidado na hora de aplicar defensivos agrícolas. Isso porque, em alguns casos, esses produtos podem reduzir em mais de 80% o número de visitas dos animais polinizadores às flores.
Em entrevista à Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), em 2015, a ex-gerente do projeto Polinizadores do Brasil, Vanina Antunes, explicou que “estudos mostraram que espécies de polinizadores estão presentes e têm protagonismo na polinização de sete culturas economicamente importantes no Brasil (as mesmas citadas anteriormente), e indicam, objetivamente, as vantagens da polinização para os produtores: maior produtividade e alta qualidade, que proporcionam maior renda”.
Guia de consulta
A partir desse trabalho do Polinizadores do Brasil, também foram sistematizadas e disponibilizadas, na internet, algumas listas de boas práticas para intensificar a presença e a ação de polinizadores.
“Os resultados representam um valioso conhecimento, que poderá ser acessado por produtores de todas as regiões”, contou Vanina, na mesma entrevista.
Um dos produtos finais do projeto foi o “Guia ilustrado de abelhas polinizadoras no Brasil”, publicado pela USP. Para conhecer as principais publicações e outros resultados, acesse http://ow.ly/TPjDR(link encurtado).
Projeto Colmeia Viva
No Brasil, também existem outros projetos relacionados à apicultura em geral e um deles é o Colmeia Viva, idealizado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg).
Trata-se de uma realização do setor de defensivos agrícolas, com o objetivo de incentivar o diálogo entre agricultores e apicultores para que, juntos, possam encontrar caminhos para uma relação que valorize a proteção racional dos cultivos, o serviço de polinização realizado por abelhas, a proteção desses insetos e do meio ambiente, além do respeito à própria apicultura.
Essas disposições estão inseridas no “Compromisso 2020”, movimento anunciado em outubro de 2017, com o plano de metas para os próximos três anos.
De acordo com o Sindiveg, são signatárias do Compromisso 2020 as seguintes empresas: Arysta Lifescience do Brasil, Basf, Bayer CropSciences, CCAB Agro, Dow AgroSciences Industrial, DuPont do Brasil, FMC química do Brasil, Helm do Brasil Mercantil, Mitsui Chemicals do Brasil, Ourofino química, Rotam do Brasil Agroquímica e Produtos Agrícolas, Sumitomo Chemical do Brasil, Syngenta Proteção de Cultivos e UPl do Brasil.
“As metas até 2020 são balizadas por princípios básicos e bandeiras de prioridades, que retratam os esforços de um grupo de trabalho multidisciplinar liderado pelo Sindiveg, com a participação das associadas signatárias, por meio de suas áreas técnicas de stewardship, regulatório, relações institucionais e de comunicação, continuamente dedicadas ao tema com o propósito único de realizar uma série de iniciativas que ganham mais força a partir deste momento”, destaca o projeto, no site www. projetocolmeiaviva.org.br.
Para mais informações sobre cada iniciativa e suas metas, acesse também http://projetocolmeiaviva.org.br/ bandeiras.
Fontes: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade-Funbio, Universidade de São Paulo-USP e Colmeia Viva