Em Dia de Campo, as duas entidades divulgaram informações sobre o cultivo e os benefícios da espécie para saúde
Resgatar saberes e valorizar produtos locais foram abordados em dia de campo realizado na Universidade Federal de São João del-Rei, promovido em novembro pela Emater-MG e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). O encontro reuniu cerca de 30 produtores rurais interessados em começar o plantio de araruta em suas propriedades.
O evento faz parte de um programa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), com o objetivo de estudar e resgatar o cultivo da araruta.
Durante o dia de campo, os técnicos da Emater e pesquisadores da Epamig transmitiram aos participantes informações sobre o cultivo e os benefícios da araruta para a saúde.
Segundo a pesquisadora da Epamig Izabel Cristina dos Santos, a araruta era usada pelos povos indígenas antes mesmo da chegada dos portugueses ao Brasil. Segundo ela, a planta era utilizada no tratamento de doenças, ferimentos causados por flechas, picadas de insetos e na recuperação de mulheres após o parto.
“Anos atrás era comum as nossas avós e bisavós utilizarem o mingau de araruta para tratar das crianças que eram mais fraquinhas e com intolerância alimentar. Ainda encontramos muitas pessoas que comeram e cresceram comendo mingau de araruta” relata Isabel. “Estamos resgatando uma planta, uma espécie ancestral dos povos originários da América.”
A coordenadora regional de Bem-estar Social da Emater-MG, Elisabeth Duarte, reforça a importância da iniciativa: “A parceria da Emater com a Epamig visa resgatar o cultivo milenar desse alimento rico em nutrientes e também se propõe a criar unidades experimentais de plantio da araruta, oferecendo sempre a assistência técnica e o suporte necessário ao produto”, explica.