Santa Catarina de destaca em produção e produtividade. No estado, a atividade engloba 6.824 produtores rurais que cultivam 315.000 colmeias
Os principais eventos técnicos e científicos da cadeia produtiva do mel – no sul do Brasil – serão realizados de 30 de junho a 1º de julho, em Chapecó, SC, reunindo 1.500 participantes, entre pesquisadores, produtores, universidades, instituições de pesquisa, entidades e autoridades do setor.
As atividades incluem 76 palestras e serão desenvolvidas no Campus da Unochapecó. Para o dia 30 de junho, está programado o Fórum de Integração entre pesquisas, políticas públicas, assistência técnica e extensão no setor de abelhas. Nos dias 1º de julho e 2 de julho ocorrerá o 2º Congresso Sul Brasileiro de Apicultura e Meliponicultura (Cosbrapim), o 2º Simpósio dos Produtos de Colmeia e o 35º Encontro Catarinense de Apicultores e Meliponicultores (Ecam).
O foco central do Fórum de Integração será o planejamento estratégico para melhorar a eficiência e a otimização de recursos das políticas públicas e das pesquisas, assistência técnica, extensão rural e consultorias na criação de abelhas no sul do Brasil e os planos estaduais de desenvolvimento do setor.
O 2º Cosbrapim, o 2º Simpósio dos Produtos de Colmeia e o 35º Ecam abordarão temas, envolvendo perspectivas de mercado, mortalidade de abelhas, legislação, nutrição, sanidade, elaboração de produtos das abelhas, transporte de rainhas, multiplicação de colônias, bem-estar, melhoramento genético e integração de meliponicultura em sistemas agroflorestais, entre outros.
“Esses eventos são importantes como fator de integração e atualização tecnológica de toda a cadeia produtiva do mel e demais produtos derivados das abelhas”, destaca Paulo Rocha, gerente de desenvolvimento regional do Sebrae/SC. A organização é da Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (Faasc) com apoio do Sebrae/SC, Senar/SC, Epagri, UFRGS, Udesc, Unochapecó e Associação dos Apicultores de Chapecó.
Produção catarinense
O coordenador geral, biólogo e presidente da Faasc Ivanir Cella lembra que Santa Catarina se destaca na esfera nacional. É o primeiro estado em produtividade, com 68 kg de mel por quilômetro quadrado, enquanto a média nacional é de apenas 4,8 kg. “Dedicam-se à produção de mel e derivados 6.824 produtores rurais que cultivam 315.000 colmeias (50.000 voltadas para a polinização de frutíferas e as demais destinadas à produção de mel), que e geram um entre 6.500 e 8.500 toneladas por ano”, detalha Cella.
O produto catarinense foi eleito e premiado internacionalmente como o melhor do mundo em cinco concursos sucessivos. Essa condição resulta de fatores como clima, solo, manejo e principalmente, ausência total de resíduos químicos. Desde 2021 o mel barriga-verde tem selo de produto com indicação geográfica (IG) conferido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.