Segundo StoneX, clima de dezembro vai ser determinante para uma safra cheia. Caso o padrão de chuvas se mostre mais regular e em bons volumes, a perspectiva de uma safra recorde deve se consolidar
Apesar das preocupações com as condições climáticas no Brasil, após o plantio da soja ter começado com atrasos, a consultoria StoneX divulgou aumento na estimativa de produção da safra 2020/21, em 133,9 milhões de toneladas, nesta terça-feira (01) em sua revisão de dezembro, contra 133,48 milhões de toneladas estimados no mês anterior.
“Essa produção maior foi motivada pelo crescimento da área plantada, de 180 mil hectares, frente a novembro, com o total nacional alcançando 38,3 milhões de hectares”, explicou o grupo, em relatório. Por outro lado, houve leve recuo da produtividade média, para 3,49 toneladas por hectare, resultado da revisão nas perspectivas para o Mato Grosso, com o rendimento esperado caindo de 3,48 para 3,45 toneladas por hectare. Destaca-se que algumas áreas do estado registraram a necessidade de replantio, devido à falta de umidade.
“De qualquer forma, o mês de dezembro vai ser determinante para o resultado final. Caso o padrão de chuvas se mostre mais regular e em bons volumes, a perspectiva de uma safra recorde deve se consolidar”, afirmou.
Aumento da produção
Para o ciclo 2020/21, apesar das perspectivas da produção recorde, em 133,9 milhões de toneladas, a demanda deve continuar aquecida. Foto: Arquivo
Em relação à safra 2019/20 de soja, a StoneX trouxe um pequeno aumento da produção, para 124,53 milhões de toneladas. Contudo espera-se que os estoques finais fiquem ainda mais baixos, em 310 mil toneladas, resultado do ajuste nas exportações, para 83 milhões de toneladas.
Para o ciclo 2020/21, apesar das perspectivas da produção recorde, em 133,9 milhões de toneladas, a demanda deve continuar aquecida, em função do real desvalorizado, da elevada demanda internacional pelo grão brasileiro e da procura firme proveniente da indústria de carnes doméstica.
“Apesar das expectativas otimistas, o clima deverá continuar no centro das atenções, em meio a potenciais perdas pela falta de chuvas”, resumiu a consultoria.
