Inovação, pesquisa e tecnologia são os pilares do desenvolvimento do agronegócio nacional
Com o objetivo de dar um panorama do cenário econômico do Brasil, recentemente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) revelou um importante ranking: os 100 municípios mais ricos do agronegócio nacional, com base em dados das lavouras. E a pergunta é: o que existe por trás desses números?
As cidades listadas, estrategicamente posicionadas em terras férteis e com acesso a infraestrutura, não apenas exemplificam a força do setor agrícola, mas também sua inovação contínua.
“Elas também são o reflexo de uma indústria que, ao longo dos anos, tem investido fortemente em tecnologia, pesquisa e práticas sustentáveis, solidificando o Brasil como um dos maiores produtores agrícolas do mundo”, avalia o engenheiro ambiental, CEO e cofundador da Seedz Matheus Ganem.
Para ele, a digitalização das fazendas emerge como um fator crucial para a evolução e avanço do agro nas cidades mais prósperas. “A performance elevada frequentemente caminha lado a lado com a digitalização. Fazendas modernizadas têm revelado avanços significativos em produtividade, gestão e decisões estratégicas – uma verdadeira revolução digital”, cita o executivo.
Ganem destaca que propriedades que adotaram essa abordagem, além da tecnologia aplicada diretamente no campo, observaram melhorias significativas na produtividade, na gestão e na tomada de decisões, tornando-se capazes de coletar, analisar e agir com base em dados, em tempo real, otimizando seus processos e garantindo retorno sobre o investimento.
Futuro
A digitalização das fazendas tem emergido não apenas como uma tendência, mas como uma verdadeira revolução para a evolução do agro. Em um cenário globalizado e competitivo, a inovação tecnológica no campo transcende a aquisição de maquinários avançados e se estende a uma gestão mais estratégica, eficiente e integrada das atividades rurais.
“Na análise feita pelo Ministério da Agricultura, as cidades com melhor desempenho têm aumentado muito os níveis de tecnologia e de produtividade. Esse avanço tecnológico também vem sendo evidenciado pelo crescimento e consolidação de empresas no setor”, observa.
O executivo informa ainda que todas essas localidades citadas desempenham um papel fundamental na produção de algodão, milho e soja no Brasil, e existem recordes em produção e em valores reais. “Estamos falando de uma produção total de 263,8 milhões de toneladas, abrangendo uma área de 90,4 milhões de hectares”, ilustra.
Na opinião do especialista, o questionamento que fica é: em um dos setores mais importantes da economia e com potencial imenso de crescimento, o que estamos fazendo para alavancá-lo ainda mais? Para ele, a resposta está realmente na tecnologia.
“Acredito que a crescente demanda por soluções digitais no campo e a integração de programas para a gestão diária das fazendas com ferramentas de monitoramento refletem o compromisso em equipar os agricultores com o melhor desse mundo.”
Por fim, ele ressalta que, hoje, isso tudo é um grande aliado na missão de garantir a sustentabilidade e a competitividade do setor no Brasil. “É preciso entender que a digitalização do ecossistema agro não é uma mera tendência, mas sim uma necessidade imperativa”, conclui Ganem.