País intensifica participação internacional e reforça a imagem de fornecedor confiável e diversificado de alimentos, ingredientes e insumos de qualidade (Foto: Divulgação)
O Governo do Brasil anunciou nesta terça-feira, 21 de outubro, a abertura de novos mercados para a exportação de produtos agropecuários, fortalecendo a posição do país no comércio global.
As conquistas incluem a exportação de castanha-do-Brasil para o Japão, ovos processados para Singapura, heparina purificada suína para a Coreia do Sul, carne de patos, outras aves e carne de coelho para o Egito, e derivados de ossos bovinos, chifres e cascos para uso industrial à Índia.
Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro atinge a marca de 460 novas oportunidades de mercado desde o início de 2023.
Esses resultados reforçam a estratégia de diversificação de destinos e produtos, incluindo itens de maior valor agregado, e são fruto do trabalho conjunto dos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE).
Expansão na Ásia
A Ásia continua se consolidando como destino prioritário para o agronegócio nacional.
“Entre janeiro e setembro deste ano, as aberturas de mercado para o continente asiático já corresponderam a 37% do acumulado de 2025, evidenciando a crescente relevância da região para as exportações brasileiras”, diz o Mapa.
No Japão, país com cerca de 124 milhões de habitantes, o Brasil já havia exportado mais de US$ 3 bilhões em produtos agropecuários em 2024.
Agora, a autorização para a entrada da castanha-do-Brasil reforça o potencial de nichos de alto valor agregado. O produto, rico em selênio e valorizado pela indústria de panificação, confeitaria e aperitivos, deve conquistar espaço em um mercado exigente e voltado à qualidade.
Em Singapura, uma das economias mais abertas do mundo e que importa mais de 90% de seus alimentos, o governo local aprovou a exportação de ovos processados brasileiros.
Com população superior a 6 milhões de habitantes e um setor de hotelaria e alimentação altamente dependente de insumos padronizados, o país oferece boas perspectivas para os produtores brasileiros que atuam no segmento de alimentos industrializados.
Já a Coreia do Sul, que importou quase US$ 3 bilhões em produtos agropecuários do Brasil no último ano — com destaque para soja, açúcar, cereais e farinhas —, aprovou a entrada de heparina purificada suína.
O insumo, essencial na produção de medicamentos anticoagulantes, marca a expansão do Brasil para o setor de ingredientes farmacêuticos, tradicionalmente dominado por países asiáticos.
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Parceria estratégica com a Índia
Durante a missão do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, à Índia, foi acordada a exportação de derivados de ossos bovinos, chifres e cascos.
Essa iniciativa contribuirá para a economia circular e para a agregação de valor ao complexo pecuário brasileiro, uma vez que esses subprodutos têm múltiplos usos industriais, como matéria-prima para gelatina e insumos para a indústria têxtil.
O avanço na parceria com o mercado indiano reforça o interesse do Brasil em consolidar sua presença em economias emergentes, diversificando a pauta exportadora e ampliando o aproveitamento de cadeias produtivas de base agropecuária.
Novas oportunidades na África
O Egito também entrou no rol de novos destinos para produtos brasileiros.
“Para o Egito, um parceiro estratégico do Brasil em proteínas animais, as autoridades sanitárias autorizaram a exportação de carne de patos e outras aves, bem como de carne de coelho”, afirma o Mapa.
O país tem aumentado suas compras de aves brasileiras devido ao reconhecimento da certificação halal e à previsibilidade do abastecimento, fatores que garantem competitividade e confiança ao produto nacional.
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