Doença causada por parasitas altera o comportamento do animal e gera altas perdas na produção
Na época da seca, entre os meses de maio a setembro, as pastagens ficam com menor valor nutritivo, o que faz os parasitas, que vivem no ambiente, instalarem-se no corpo dos animais em busca de alimentos. Além de causar lesões no trato gastrointestinal que prejudicam a absorção de alimentos, os parasitas se aproveitam dos nutrientes ingeridos pelos animais e até mesmo do sangue deles.
Segundo estudos da Embrapa, a verminose pode causar prejuízos que se traduzem na perda de 20 a 30% da produção de leite e carne. O animal doente também emagrece, torna-se abatido, pode ter diarréias e, em casos de bezerros, que são mais sensíveis, pode inclusive ocasionar a morte.
De acordo com o médico veterinário e gerente de mercado de bovinos da Ourofino Agronegócio, Maurício Morais, para preservar a saúde animal e combater a verminose a solução são as boas práticas de manejo associadas ao tratamento com vermífugos.
“O produtor deve promover um controle estratégico no rebanho, como o manejo adequado, e ser criterioso no número de animais nas pastagens. Também é preciso atentar para a dosagem recomendada de vermífugo, a tecnologia empregada no processo de fabricação do medicamento, às necessidades que ele atende e o controle de qualidade”, explica Morais.
De acordo com o veterinário, alguns sintomas da verminose são visíveis e podem ser identificados facilmente, como pelos secos e eriçados, emagrecimento progressivo, desenvolvimento retardado, anemia, desidratação, fezes escuras e às vezes com sangue.
Na prevenção e combate à verminose, o produtor pode optar entre um vermífugo ou um endectocida. A atuação desse último é mais abrangente, pois combate vermes, controla carrapatos e previne bicheiras. Para a escolha do medicamento mais adequado a orientação de um médico veterinário é imprescindível.