Segundo o jornal inglês The Independent, este trabalho está sendo considerado o mais significativo avanço para a agricultura, mesmo sabendo que a cultura do trigo acompanha a espécie humana há mais de 10 mil anos.
Os pesquisadores britânicos responsáveis acreditam que, em até cinco anos, o mapeamento do genoma possa favorecer o desenvolvimento de novas variedades de trigo resistentes a doenças. Além disso, há a possibilidade de redução no preço do pão e a produção de um alimento mais seguro e saudável. Os cientistas colocarão à disposição de pesquisadores de todo o mundo a primeira versão do sequenciamento. Segundo o professor Keith Edwards, da Universidade de Bristol, tal divulgação deve aumentar drasticamente a velocidade com que novas plantas serão desenvolvidas: o objetivo é estimular a criação de novas variedades resistentes a doenças ou tolerantes à seca.
Na Universidade de Liverpool, outro centro de pesquisa de trigo responsável pelo trabalho, o geneticista Neil Hall também prevê avanços rápidos. “É possível que em cinco anos o pão fique mais barato por conta do desenvolvimento de novas variedades”, afirma.
Embora o trigo tenha sido uma das primeiras espécies domesticadas pelo homem, pesquisas com a planta enfrentaram dificuldades, especialmente por conta de sua complexidade genética, resultado do cruzamento entre três espécies selvagens diferentes.
Desde quando era plantado no império romano, o rendimento por hectare de trigo aumentou três vezes. Contudo, há dez anos, tal crescimento parece ter chegado ao máximo. Espera-se agora que a descoberta do genoma possibilite novos saltos em produtividade desta planta tão importante na alimentação humana.
Fonte: The Independent – http://www.independent.co.uk/news/science/genome-breakthrough-heralds-new-dawn-for-agriculture-2063308.html