O setor agropecuário é uma das molas propulsoras da economia brasileira. Respondendo por quase 1/3 do nosso PIB (Produto Interno Bruto), compete de igual para igual com o setor automobilístico e, mais recentemente, com os empreendimentos imobiliários. Somente nos primeiros três meses de 2011, a agricultura foi responsável pelo aumento de 1,3% do PIB, e o algodão foi uma das culturas que mais contribuíram para esta ampliação.
A indústria nacional consome 1 milhão de toneladas/ano de pluma, e nos primeiros 5 meses de 2011 as vendas estiveram concentradas basicamente nesse mercado. A safra 2010/2011, que já começou a ser colhida, deverá abastecer o mercado externo, prevendo-se novos recordes de exportação, cujo volume de 2010 esteve próximo de meio milhão de toneladas.
Os números relativos à exportação fizeram com que o Brasil ganhasse destaque entre os outros países que cultivam a fibra, como China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. E também está impulsionando os produtores brasileiros no sentido de fomentar a atuação comercial em Hong Kong e Cingapura, que integram os Tigres Asiáticos. As expectativas são grandes em relação a esses dois países, e os números a serem alcançados giram em torno de 60 mil toneladas. É mais um grande passo para os agricultores brasileiros, pois o horizonte continua promissor, haja visto o crescimento de 66% da área plantada, resultando numa safra 74% maior do que a do ano passado, segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esforços em pesquisas
Este espaço alcançado no cenário nacional e internacional corresponde a uma série de esforços em pesquisas. Vale ressaltar ações de entidades como a Embrapa Algodão, os Institutos Agronômicos de Campinas e do Paraná, o Instituto Mato-Grossense do Algodão, a Fundação de Apoio a Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano e a Fundação Goiás, entre outras, que colaboram para o aperfeiçoamento genético da fibra, do cultivo e do controle de pragas, assim como para a seleção de plantas mais resistentes a doenças. Todas estas ações se configuram como colaborações relevantes para o produtor de algodão, o qual passa a receber orientações e diretrizes que culminam na rentabilidade dos negócios.
Além destes estímulos ou contribuições das pesquisas para o progresso do setor, destacamos importantes avanços no setor industrial, como o desenvolvimento de maquinários agrícolas e novas tecnologias, os quais, se agregados corretamente, contribuem para que o processo de colheita e industrialização sejam aperfeiçoados, tanto para o grande, como para o médio e para pequeno produtor do algodão.
Diante destes dois exemplos – esforços em pesquisa e avanços da indústria – fica evidente como a fibra é importante para o cenário interno, pois faz com que corporações de diversos setores participem do processo e comecem a se desenvolver também. Evidentemente estas ações são também positivas para a geração empregos, seja no campo ou na cidade.
Cabe-nos refletir como o avanço positivo da cultura algodão não se trata de uma ação isolada e que também não traz frutos e méritos somente para o setor produtivo do algodão. Há o envolvimento de toda uma cadeia de empresas e, portanto, eles são partilhados. E para o crescimento ininterrupto é preciso que haja continuidade do fortalecimento dessa cadeia, seja com pesquisas ou estudos, ou com a geração de novos negócios, pois isto fará com que o Brasil tenha destaque sempre.