As culturas de arroz e de feijão contam com novo zoneamento agrícola de risco climático, elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e vale para a safra de verão de 2012/13. A recomendação inclui do feijão de primeira safra para 13 estados; do arroz irrigado para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo; e do arroz de sequeiro para 15 estados.
Entre as cultivares indicadas, estão as de feijão carioca BRS Estilo e BRS Ametista e a de feijão preto BRS Esplendor desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e as cultivares de arroz BRS Sertaneja e BRS Bonança.
Feijão BRS Estilo
A cultivar de feijão tipo carioca BRS Estilo apresenta uma arquitetura de planta ereta, alto potencial produtivo, além da resistência ao acamamento e a oito patótipos (tipos de doenças) do fungo causador da antracnose e ao mosaico-comum. Ele também demonstra estabilidade de produção e grãos claros com tamanho semelhante aos da cultivar Pérola, muito conhecida no mercado. É uma cultivar de ciclo de 85-95 dias, indicada para as safras das “águas” em Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul; de “inverno” em Goiás, Mato Grosso e Tocantins; e da “seca” em Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Feijão Ametista
A cultivar de feijão BRS Ametista, também do grupo carioca, tem ciclo de 85 a 94 dias, potencial produtivo de 4.265 kg/ha, arquitetura semiereta (adaptada apenas à colheita mecânica indireta) e grãos maiores que a cultivar Pérola. Resistência à Antracnose, Murcha do Fusarium e Crestamento Bacteriano comum. É indicada para os Estados de Goiás, Distrito Federal, Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Piauí.
Esplendor: grupo feijão preto
A BRS Esplendor é uma cultivar de feijão do grupo preto indicada para cultivo em São Paulo, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul na safra das águas; em Tocantins na safra de inverno; em Mato Grosso do Sul e Rondônia na safra da seca; em Mato Grosso nas safras do ‘inverno’ e da seca; em Santa Catarina e no Paraná na safra das águas e da seca; e em Goiás nas safras das águas, seca e ‘inverno’. A cultivar apresenta alto potencial produtivo, arquitetura de plantas ereta, resistência ao acamamento (adaptada à colheita mecânica direta), resistência ao mosaico-comum e a nove tipos de fungos causadores da antracnose, além de tolerância à murcha de fusário e ao crestamento bacteriano comum.
Arroz BRS Sertaneja: plantas vigorosas
O arroz de Terras Altas BRS Sertaneja possui ciclo de 110 dias e é recomendado para os Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima, Maranhão, Piauí, Tocantins e Distrito Federal. Caracteriza-se por possuir plantas vigorosas, de porte médio, moderadamente perfilhadora e com boa resistência à mancha parda, escaldadura e mancha de grãos. Suas panículas são longas, com elevado número de grãos. O rendimento de inteiros no beneficiamento é alto e estável, e os grãos beneficiados são translúcidos.
Arroz BRS Bonança: resistente ao acamamento
O BRS Bonança é recomendado para os Estados de Tocantins, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí. A cultivar de arroz é recomendada para plantio em sistema de terras altas em condições favorecidas. Pode ser também plantada no sistema tradicional em solos, de média a alta fertilidade, em regiões onde não ocorra deficiência hídrica grave. A planta é resistente ao acamamento, apresenta folhas eretas e alta capacidade de perfilhamento. Tem porte baixo e ciclo precoce, de 115 dias. A BRS Bonança pode ser beneficiada a partir de 30 dias de colhida.
Os interessados em adquirir sementes dessas e de outras cultivares de arroz e de feijão da Embrapa devem entrar em contato com a Embrapa Produtos e Mercado em Goiânia pelo e-mail: engyn.snt@embrapa.br