Uso do EPI é obrigatório para manuseio de agrotóxicos – Foto: Reginério Soares de Faria / EPAMIG
Com o objetivo de orientar produtores e aplicadores de pesticidas, a pesquisadora da EPAMIG Triângulo e Alto Paranaíba, Dulândula Wruck, destaca que antes de optar pela utilização de determinado produto, o agricultor deve procurar o auxílio de um engenheiro agrônomo.
“Costumo dizer que a diferença entre o veneno e o remédio é a dose. O agrotóxico é necessário em algumas situações, porém é importante respeitar as recomendações do receituário e da embalagem”, informa.
A pesquisadora enfatiza que a comercialização de agrotóxicos só é permitida mediante apresentação de receita prescrita por um agrônomo e afirma que o uso racional não traz riscos para produtores e/ou consumidores. A pesquisadora alerta que medidas de segurança devem ser adotadas desde a compra do produto até o momento da colheita.
“É preciso cuidados especiais no transporte (que deve ser feito em veículos de carroceria aberta); no armazenamento; na dosagem (que deve ser aquela indicada pelo agrônomo); na proteção ao aplicador (que deve fazer uso do Equipamento de Proteção Individual – EPI – para se proteger da toxicidade); no descarte das embalagens (que devem passar por uma tríplice lavagem antes de serem recolhidas) e no respeito ao período de carência (que é o tempo que se deve esperar entre a aplicação do agrotóxico e a colheita) informado na embalagem do produto e indicado pelo agrônomo”, explica a pesquisadora da EPAMIG.
Ela destaca ainda que a preocupação com o meio ambiente, principalmente, no que se refere à correta destinação de embalagens e resíduos, foi um dos pontos principais do evento. “O interesse de técnicos e estudantes para com a questão ambiental deixou clara uma nova postura, mais consciente e responsável”, afirma.
Dulândula informa que no município de Uberaba já existem unidades destinadas para o recolhimento das embalagens de produtos tóxicos, após a tríplice lavagem. A pesquisadora reitera que com respeito às regras de utilização é possível eliminar os riscos de contágio e contaminação para aplicadores e consumidores. “É como o inseticida que utilizamos em casa, se seguirmos as instruções corretamente ele agirá apenas contra as pragas”, conclui.
