Aplicação reduz impactos da estação de frio nas lavouras
A ocorrência de geadas em diversas regiões do Brasil, especialmente no Centro-Sul canavieiro, vem exigindo atenção especial dos produtores rurais e usinas. Nesse contexto, a aplicação de aminoácidos na lavoura no período pós-geada é um importante aliado da qualidade e da produtividade do canavial. Isso porque, dentre os prejuízos causados na cultura, estão a perda de qualidade de matéria-prima, a queda na produtividade e a diminuição do ATR.
“Para a assertividade na aplicação de aminoácidos pós-geada, o produtor precisa investir em soluções que proporcionem aceleração na recuperação do canavial e que tenham uma alta concentração de aminoácidos essenciais”, explica o engenheiro-agrônomo e Gerente Regional de Cana-de-Açúcar da Ubyfol, Saymon Freitas. “Isso que permite uma aplicação de baixa dose por hectare e maior assimilação do produto pelas folhas da cana.”
Segundo o especialista, embora as plantas possam conter mais de 300 aminoácidos diferentes, apenas 20 são necessários para a síntese de proteína, o que ajuda na recuperação da lavoura.
“Quando usados corretamente, os produtos que oferecem aminoácidos essenciais concentrados ajudam a potencializar a síntese da enzima catalase, que possui um importante papel no metabolismo de defesa da cana e é capaz de converter um milhão de moléculas de H2O2 (peróxido de hidrogênio) por minuto, o que diminui o nível de degradação da membrana celular”, informa.
Outros benefícios
De acordo com Freitas, a aplicação de aminoácidos é totalmente segura e diferente de hormônios sintéticos que exige umidade por um longo período para ter efetividade. Aminoácidos também contribui para a síntese proteica, no efeito complexante em nutrientes e também na maior resistência ao estresse hídrico.
O agrônomo reforçar que a flexibilidade da aplicação dos aminoácidos é uma característica importante do manuseio desse manejo. “Isso porque esses produtos podem ser usado no sulco de plantio da cana, favorecendo o desenvolvimento radicular, na recuperação pós- estresse e déficit hídrico, e no período vegetativo da planta, que ocorre entre dezembro e janeiro (meses de maior ganho de massa da cana), favorecendo o desenvolvimento e a produtividade da cultura”, conclui.